Exclusivo Britânica Cazoo fecha hub tech de Lisboa

Encerramento surge depois de, no ano passado, um conjunto de medidas de corte de custos ter levado ao despedimento de centenas de pessoas e ao fecho das operações do retalhista na União Europeia.

O hub de Lisboa da Cazoo vai fechar no final de março, após mais uma ronda de despedimentos do retalhista britânico de venda de carros usados online. A decisão impacta mais de 60 trabalhadores em Portugal, confirmou a ECO Pessoas junto da empresa. O encerramento surge depois de, no ano passado, um conjunto de medidas de corte de custos ter levado ao despedimento de centenas de pessoas e ao fecho das operações do retalhista na União Europeia.

O fundador da companhia, Alex Chesterman, vai abandonar o cargo de CEO. “Confirmo que a decisão de fechar o nosso escritório em Lisboa foi tomada”, confirmou Lawrence Hall, communications & sponsorships director, à ECO Pessoas.

Depois de em 2022 o retalhista online de vendas automóveis ter feito cortes de custos, que levaram ao despedimento de 1.500 pessoas, e decidido a retirada do mercado europeu – o objetivo era a obtenção de poupanças líquidas de 100 milhões de libras até ao final 2023, noticiou em setembro a Sifted (conteúdo em inglês/acesso não reservado) –, este ano voltou a avançar com lay-offs e a fechar centros de apoio ao cliente, depois de estimativas de uma quebra para metade das vendas em 2023.

O fundador Alex Chesterman vai abandonar a posição de CEO, sendo substituído pelo atual Chief Operating Officer, Paul Whitehead, permanecendo como chairman.

Hub tech de Lisboa fecha em março

O atual momento do retalhista britânico – que chegou a patrocinar as camisolas do Aston Villa e a competição World Snooker – teve impacto na operação em Portugal, ditando o fecho do hub tech e levando ao despedimento de mais de seis dezenas de pessoas.

O fecho do hub deverá ocorrer a partir de final de março, mas 90% dos 62 colaboradores irão sair já a 16 de fevereiro, de acordo com a informação recolhida junto de fontes da empresa.

A decisão afeta um conjunto de pessoas sobretudo em áreas de tecnologia (software engineers, engineering managers, quality engineers, product managers, product support, it specialists), mas também na área de recursos humanos e recrutamento, assim como posições na área de operações e apoio ao cliente.

Desde o ano passado que o setor tech têm sido inúmeros os anúncios de redução de pessoas, alguns com impacto em Portugal. A unicórnio turca de entregas ao domicílio Getir foi um desses casos, mas a onda de cortes de pessoal afetaram igualmente a portuguesa Feedzai e a Remote, referindo apenas alguns nomes.

Este ano a onda de cortes não tem parado, com a Microsoft, Amazon, Google ou Spotify a anunciar reduções da sua força de trabalho, juntando-se à Meta (dona do Facebook) ou Salesforce entre outros gigantes da tecnológicos. Só estas empresas representam uma redução de cerca de 60 mil postos de trabalho.

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