Crédito à habitação aumenta 3,6% em 2022 e renova máximos de 2015
No final do ano passado, o montante de crédito à habitação era de 100,3 mil milhões de euros, o valor mais elevado desde maio de 2015 na maior subida anual desde 2019.
O crédito à habitação registou subidas mensais constantes ao longo de 2022. Não houve um único mês em que se tenha registado uma quebrado do montante concedido pelos bancos às famílias para comprarem casa.
O resultado foi um crescimento anual de 3,6% para 100,3 mil milhões de euros, cerca de 47% do PIB e um valor recorde desde maio de 2015. É preciso recuar a 2019 para se assistir a uma subida anual tão elevada do montante de crédito à habitação concedido pelos bancos.
De acordo com o Banco de Portugal, “no primeiro semestre, a concessão de empréstimos acelerou e, a partir da segunda metade do ano, num contexto de subida das taxas de juro, abrandou consecutivamente”, refere a instituição liderada por Mário Centeno num relatório publicado esta sexta-feira. “Este movimento de desaceleração foi semelhante ao registado na área do euro”, sublinha o Banco de Portugal.
Fonte: Banco de Portugal.
Além do crédito à habitação, os bancos também apostaram no crédito ao consumo ao longo de todo o ano de 2022. De acordo com dados do Banco de Portugal, o crédito ao consumo aumentou 8,15% entre dezembro de 2021 e dezembro de 2022, terminando com um volume de 20,78 mil milhões de euros no final do ano passado.
Em 2021, o crédito ao consumo aumentou apenas 0,23% e no ano anterior decresceu 0,31%. Tal como sucedeu no crédito à habitação, também somente em 2019 se registou um crescimento do crédito ao consumo mais elevado ao contabilizado em 2022. Na altura, o crédito ao consumo aumentou 25,6%, passando de 15,3 mil milhões de euros em dezembro de 2018 para 19,2 mil milhões de euros no final de 2019.
Fonte: Banco de Portugal.
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