CGD sobe proposta de aumentos mas sindicatos consideram que é “insuficiente”
O banco público subiiu a proposta de aumentos para "3,5% de média ponderada". Mas os sindicatos Mais, SBC e SBN consideram esta proposta “insuficiente face às necessidades dos trabalhadores”.
A Caixa Geral de Depósitos (CGD) subiu a sua proposta de atualização salarial para 3,5%, adiantaram os sindicatos, mas estes consideram que a iniciativa é “insuficiente” e está “muito longe” de corresponder às necessidades dos trabalhadores.
Num comunicado divulgado esta sexta-feira, o Mais Sindicato do Setor Financeiro, o SBC – Sindicato dos Bancários do Centro e o SBN – Sindicato dos Trabalhadores do Setor Financeiro de Portugal, deram conta da segunda ronda negocial, que decorreu na quinta-feira, e na qual “o banco público aceitou subir os aumentos salariais para 3,5% de média ponderada e evoluiu também noutras matérias”. No entanto, o Mais, SBC e SBN consideram esta proposta “insuficiente face às necessidades dos trabalhadores”.
“Na segunda reunião realizada, as partes reiteraram os seus argumentos para as propostas apresentadas, que se mantêm ainda distantes”, destacaram, ressalvando que, no entanto, “registou-se uma pequena evolução por parte da CGD, ao rever a sua posição inicial numa tentativa de aproximar-se da posição dos sindicatos”.
“Concretamente, a CGD aceitou subir para 3,5% de média ponderada, bem como aumentar o valor das propostas referentes a alguns subsídios, como o de natalidade e o de trabalhador-estudante, e o ‘plafond’ do crédito à habitação”, de acordo com as estruturas sindicais.
Além disso, o banco “comprometeu-se ainda a analisar a possibilidade de subir o valor mínimo de aumento, que tinha indicado ser de 50 euros”. “Não obstante a abertura demonstrada na tentativa de aproximação, a posição da Caixa está ainda muito longe da proposta dos sindicatos para corresponder às necessidades dos trabalhadores”, remataram.
Os sindicatos e a CGD tinham-se já reunido na semana passada, mas o encontro terminou sem acordo. A proposta dos sindicatos prevê 8,5% de aumento na tabela e cláusulas de expressão pecuniárias, entre outras. Em 23 de dezembro, a CGD apresentou uma contraproposta que estipulava um aumento médio de 3% na tabela de revisão salarial, com um mínimo de 50 euros.
Acrescia ainda uma subida de 2% no subsídio de almoço e um aumento de 3% nas restantes cláusulas de expressão pecuniária, menos de abono para falhas e ajudas de custo. Para os sindicatos, a contraproposta do banco não repõe o poder de compra e não atinge a taxa de inflação de 2022.
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