Há sete empresas em Portugal no índice de igualdade de género da Bloomberg

Índice avalia 485 empresas de 45 países e regiões, com uma capitalização bolsista de 16 biliões de euros. Sete em Portugal marcam presença.

EDP, Galp, Jerónimo Martins, Millennium bcp, NOS, REN e Sonae são as sete empresas em Portugal que fazem parte do Gender-Equality Index 2023 (GEI), da Bloomberg, índice que mede parâmetros como igualdade de género em pilares como a liderança e pipeline de talentos; igualdade de salários e paridade de remuneração entre géneros; cultura inclusiva; políticas contra assédio sexual; e imagem da marca de um total de 485 empresas de 45 países e regiões, com uma capitalização bolsista de 16 biliões de euros. As empresas nacionais repetem presença, tendo melhorado os seus índices.

No setor de energia, a EDPincluindo a EDP Renováveis – volta a marcar presença no Índice. “Trabalhamos continuamente para promover a diversidade, equidade e inclusão na EDP e para contribuir para uma sociedade justa e aberta”, refere Miguel Stilwell d’Andrade, presidente executivo da EDP e da EDP Renováveis, citado em comunicado.

O Plano para a Igualdade de Género 2022-2023 da EDP tem como objetivo aumentar o número de mulheres na empresa, tendo definido uma meta global de 30% até 2025.

A Galp marca igualmente presença tendo atingido um “score global de 85.75%, uma melhoria face aos 82% de 2022, e acima da média de 73%, destacando-se com pontuação máxima na paridade salarial e resultados no quartil superior nos indicadores de cultura inclusiva e políticas contra o assédio sexual”, informa a companhia.

“A Galp está a transformar-se muito depressa para ser mais sustentável, mudando o seu negócio, as operações e a energia que fornece aos clientes. Mas não muda a vontade de se comparar com os melhores, nem o dever de transparência, nem a cultura assente no mérito e na igualdade entre os seus trabalhadores,” afirma Filipe Silva, CEO da Galp, citado em comunicado. “Ficamos felizes com a inclusão no índice, pois reflete o nosso progresso em indicadores de ESG, que queremos sempre continuar a melhorar”, conclui.

Ainda no setor de energia, a REN volta, pelo terceiro ano consecutivo, a marcar presença no índice.

No setor de retalho, a Sonae – que entrou no ano passado pela primeira no Índice – e a Jerónimo Martins repetem a presença no índice da Bloomberg.

O grupo liderado por Cláudia Azevedo alcançou uma “pontuação global de 85,64%, um valor que supera a média mundial de 72,94% e que representa um aumento de 7,71 pontos base face ao ano anterior”, informa a companhia. “Com pontuações de excelência ao nível da “cultura inclusiva” e da “divulgação da informação”, a Sonae destacou-se também nas categorias “igualdade salarial e paridade de remuneração entre géneros”, “imagem de marca” e “liderança feminina e pipeline de talento””, continua.

A Sonae está ainda entre as “43 empresas do índice que têm uma presidente executiva, ou seja, menos de 8,5% do total.”

“O empenho que na Sonae temos vindo a colocar na promoção das lideranças femininas está a dar resultados e a evolução da nossa pontuação no GEI é um reflexo desse trabalho que nos orgulha. O compromisso de 39% das posições de liderança no Grupo serem ocupadas por mulheres até 2023 materializa a nossa ambição, que passa por assegurar sempre o equilíbrio de direitos, liberdades e oportunidades”, diz João Günther Amaral, membro da comissão executiva da Sonae, citado em comunicado.

Pelo terceiro ano consecutivo a Jerónimo Martins faz parte da lista de empresas que integram este índice mundial de igualdade de género, tendo a avaliação global do dono do Pingo Doce aumentado “em 3,66 pontos percentuais face a 2022, para os 75,21%.”

“Em comparação com o seu setor (Consumer Staples) – que tem 37 empresas neste índice –, a Jerónimo Martins tem uma avaliação superior na maioria das dimensões avaliadas, podendo-se destacar as diferenças consideráveis em ‘igualdade de salários e paridade de remuneração entre géneros’ (82,35% de Jerónimo Martins vs 63,08% da média do setor) ou ‘políticas contra assédio sexual’ (80% vs 70,27%)”, destaca o grupo.

Na banca nacional, o Millennium bcp é o único a marcar presença. Neste quarto ano, o banco “atinge a sua melhor pontuação global até à data com um score de 85,34%, acima dos 80,76% de 2022, 78,11% de 2021 e 77,79% de 2020. Esta classificação é também superior à média de 73% das 484 empresas distinguidas pela Bloomberg neste índice”, informa.

“No Millennium bcp consideramos que o respeito pela diversidade e a inclusão são aspetos fundamentais para a prossecução dos objetivos e compromissos do Banco perante as comunidades que servimos. A integração neste índice, que nos referencia a nível mundial, reflete o empenho em fomentar uma cultura empresarial que promove a igualdade de oportunidades, premeia o mérito e reconhece a qualidade do trabalho em Equipa”, afirmou Miguel Maya, presidente da Comissão Executiva do Millennium bcp, citado em comunicado.

O Millennium bcp tem vindo a “reduzir o gap de género nos cargos de liderança com 30% das mulheres a assumir funções de chefia, caminhando para o objetivo de chegar aos 35% até 2024″.

Nas telecomunicações, a NOS – que tem como acionista a Sonae – é também a única operadora em Portugal a constar do índice, tendo obtido uma classificação de 84,11% e subido 19,41 pontos percentuais, informa. “A NOS obteve a pontuação de 84,11%, destacando-se face à média global do índice (73%), do setor Comunicações (73,53%) e das empresas portuguesas participantes (81,77%)”.

“Na NOS, todos contam com o reconhecimento e a valorização do seu talento de igual forma, um princípio basilar sobre o qual assenta o funcionamento transversal da organização. Com o objetivo de consolidar a sua atuação em matéria de igualdade e diversidade, a NOS estabeleceu um plano de ação ambicioso, com ferramentas diferenciadas, e assumiu objetivos concretos, como o de ter 40% dos seus cargos de gestão liderados por mulheres até 2030”, afirma Isabel Borgas, Diretora de Pessoas e Organização da NOS, citada em comunicado.

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