Pela primeira vez, mulheres representam 30% do talento na Microsoft. Mas recebem menos 14% menos do que os homens

É a primeira vez que a representação feminina ultrapassa os 30%. Os prémios para elas são também superiores, mas os salários continuam a ser apenas 86,2% da remuneração total dos homens.

Desde 2018 que a representação de mulheres na Microsoft tem vindo a crescer, pelo menos um ponto percentual a cada ano, e, pela primeira vez, as mulheres representam mais de 30% da força laboral em todo o mundo da tecnológica. Ao nível da remuneração, as mulheres qualificadas para prémios receberam um pagamento total de 1.002 dólares para cada 1.000 dólares recebidos por homens qualificados para prémios com o mesmo nível e função, em 61 países, incluindo Portugal. No entanto, quando somados os salários e prémios, o talento feminino ainda recebe cerca 86,2% da remuneração total dos homens, ou seja, cerca de 14% menos, revela o Relatório de Diversidade e Inclusão de 2022 da Microsoft.

“As mulheres representam agora mais de 30% da força de trabalho core da Microsoft em todo o mundo, terminando o ano nos 30,7%. Durante os últimos cinco anos, a representação das mulheres cresceu pelo menos um ponto percentual todos os anos. O crescimento da representação tem sido ainda maior para as mulheres que desempenham funções técnicas, aumentando entre 1,4 e 1,6 pontos percentuais todos os anos, ao longo dos últimos cinco anos”, pode ler-se no relatório.

Ao mesmo tempo, a representação de mulheres no core business da Microsoft cresceu a todos os níveis de liderança. Este foi, aliás, o aumento mais forte dos últimos cinco anos (mais 1,9 pontos percentuais, para 23%).

Com uma representação de 53,2% da força de trabalho da Microsoft nos Estados Unidos da América, a percentagem de colaboradores de comunidades étnico-racial registou um crescimento global de 1,9 pontos percentuais em comparação ao ano anterior.

A representação asiática cresceu 0,3 pontos percentuais, para 35,8%, e as comunidades de negros e afro-americanos, hispânicos e latinos registaram o maior aumento nos últimos cinco anos: 0,9 pontos percentuais, para 6,6%, e 0,6 pontos percentuais, para 7,6%, respetivamente.

“A melhoria nos indicadores de representatividade é acompanhada, também, pelo aumento do número de colaboradores que se identificam enquanto portadores de deficiência, passando a 7,8% (um aumento de 0,7 pontos percentuais em relação ao ano anterior)”, salienta a Microsoft.

Mulheres recebem prémios mais altos. Mas não compensam a desigualdade salarial

O relatório deste ano da companhia revelou ainda que as mulheres qualificadas para prémios recebem um pagamento total de 1.002 dólares para cada 1.000 dólares recebidos por homens qualificados para prémios com o mesmo nível e função. Esta é a realidade em 61 países, entre os quais Portugal. E nos Estados Unidos, os valores sobem para 1.007 dólares e 1.000 dólares, respetivamente.

Já as minorias raciais e étnicas receberam 1.008 dólares em prémios, para cada 1.000 dólares ganhos pelos colaboradores brancos qualificados com o mesmo cargo e nível.

Contudo, quando olhamos para a remuneração média dos profissionais da tecnológica (fora dos EUA) elegíveis para recompensas, é possível concluir que a remuneração total das mulheres é de 86,2% da remuneração total dos homens. Enquanto isso, especificamente nos Estado Unidos, a remuneração total das mulheres é de 89,6% da remuneração total dos homens.

Já os trabalhadores elegíveis para recompensas pertencentes a minorias racionais e étnicas recebem 89,9% da remuneração total dos trabalhadores brancos. Os negros e afro-americanos 76,7%, os hispânicos e latinos 81,6% e, finalmente, os asiáticos 94,6%.

“À medida que continuamos a aumentar a representação das mulheres e das minorias raciais e étnicas em níveis mais elevados, e continuamos a assegurar a equidade salarial para todos, o fosso entre os salários irá diminuir. Esta transparência adicional dos dados ajudar-nos-á a continuar a reforçar o nosso empenho em aumentar a representação a todos os níveis e em todas as funções”, assegura a tecnológica no documento.

Leia o relatório completa da Microsoft aqui.

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