Bolsa interrompe ciclo. Energia pesa em Lisboa
PSI-20 volta a negociar abaixo dos 5.000 pontos depois de um rally de sete sessões. Pesos pesados "pesaram" na sessão nacional.
Depois de sete sessões em alta, a bolsa portuguesa voltou esta segunda-feira às quedas, interrompendo o maior ciclo de ganhos desde agosto de 2016. Pressionaram os pesos pesados EDP, EDP Renováveis, Galp e Jerónimo Martins. Mas pressionou também o ambiente de maior aversão ao risco no panorama europeu.
O PSI-20, o principal índice português, caiu 0,8% para 4.968 pontos, negociando novamente abaixo da fasquia dos 5.000 pontos.
Uma das cotadas que mais pressionou a praça lisboeta foi a Jerónimo Martins, cujas ações afundaram 2,33% para 16,38 euros, depois de o Deutsche Bank ter revisto em baixa a sua avaliação do título, reduzindo a respetiva recomendação de “manter” para “vender”.
O BCP protagonizou a maior desvalorização, caindo 3,06% para 0,19 euros. Em termos setoriais, foi o setor energético quem mais fez recuar o benchmark nacional: EDP e EDP Renováveis cederam 0,16% e 0,14%, respetivamente, com a cotada de energias limpas a negociar, ainda assim, 12 cêntimos acima da Oferta Pública de Aquisição (OPA) da elétrica nacional.
No total, foram dez as cotadas que fecharam com sinal negativo.
“Neste primeiro dia da semana, a bolsa portuguesa terminou em baixa, à semelhança das praças europeias”, referiram os analistas do BPI. “O BCP foi alvo de uma realização de mais-valias, após a forte valorização da semana passada e influenciado pelo comportamento do respetivo setor na Europa. As ações da Jerónimo Martins caíram, depois de o Deutsche Bank ter reduzido a recomendação da retalhista de “manter” para “vender”, acrescentaram.
PSI-20 abaixo dos 5.000 pontos
Entretanto, a travar maiores quedas, com ganhos de 2,45% e 3,33%, Corticeira Amorim e Mota-Engil foram estrelas de uma sessão negativa.
No plano internacional, tanto a bolsa de Milão como de Madrid registaram quedas superiores a 1%, enquanto as praças francesa CAC-40 e alemã DAX-30 cederam 0,71% e 0,34%, respetivamente, com os investidores a avaliarem o nível de sustentação dos ganhos depois do melhor trimestre desde 2014. Os setores mais cíclicos como banca, fabricantes automóveis e seguros foram os que mais penalizaram.
(Notícia atualizada às 17h03)
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