Gasóleo desce oito cêntimos e gasolina seis com mexidas no ISP
Esta segunda-feira, quando for abastecer, deverá pagar 1,57 euros por litro de gasóleo simples e 1,67 euros por litro de gasolina simples 95. Gasolina tem descida maior face à mudança na carga fiscal.
A revisão da carga fiscal sobre os combustíveis vai ditar uma descida mais pronunciada dos preços da gasolina. A partir desta segunda-feira, o litro de gasolina vai descer quatro cêntimos a que se soma a descida de 2,3 cêntimos por via do ISP. O gasóleo descerá oito cêntimos apenas por via dos preços da matéria-prima, já que o Executivo optou por manter o desconto no ISP do gasóleo que estava presentemente em vigor.
“Face à evolução recente de variação do preço do gasóleo e da gasolina, e em comparação com o mês anterior, estas medidas temporárias resultam numa manutenção do desconto de ISP no gasóleo e num aumento de 2,3 cêntimos por litro no desconto do ISP no caso da gasolina”, sublinha o comunicado do Ministério das Finanças de sexta-feira.
Em causa está o conjunto de apoios composto pelo desconto aplicável no ISP — equivalente a uma descida da taxa do IVA de 23% para 13% –, o mecanismo de compensação por via de redução do ISP da receita adicional do IVA — decorrente de variações dos preços dos combustíveis — e a suspensão da atualização da taxa de carbono.
Assim, esta segunda-feira, quando for abastecer, deverá pagar 1,57 euros por litro de gasóleo simples e 1,67 euros por litro de gasolina simples 95, tendo em conta os valores médios praticados nas bombas à segunda-feira, divulgados pela Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG). É preciso recuar a 12 de dezembro para encontrar os preços do gasóleo num valor mais baixo e a 16 de janeiro no caso do gasolina.
Estes preços já têm em conta os descontos aplicados pelas gasolineiras, mas os valores cobrados ao consumidor final podem variar consoante o posto de abastecimento.
Os preços invertem assim a tendência, depois de a semana passada terem registado a terceira subida consecutiva. O gasóleo ficou 1,6 cêntimos mais caro semana e a gasolina 3,2 cêntimos, ou seja, um aumento quase idêntico ao antecipado pelo mercado.
Esta descida de preços é justificada pelo facto de o brent ter registado semana passada uma queda semanal de 7,8%, porque os mercados aguardam sinais mais claros relativos à procura chinesa, ou seja, “o grau de dinamismo da procura chinesa, mas também sobre as consequências do embargo europeu e da fixação dos tetos de preços”, sublinhou o Commerzbank numa análise citada pela Reuters.
Os analisas da ANZ apontam para uma subida em flecha no tráfego nas 15 maiores cidades chinesas depois das férias do novo ano lunar, mas também reconhecem que os traders chineses têm estado “relativamente ausentes”. Mas na sexta-feira, o índice que serve de referência para o mercado europeu, bateu mínimos de 11 de janeiro porque o mercado receia novas subidas das taxas de juro após a subida em flecha do emprego nos Estados Unidos, mas também porque espera alguma clareza sobre o embargo europeu aos produtos refinados russos.
Evolução do preço do brent em Londres
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