Rui Rio diz “assim não” e critica UE na área da banca

  • ECO
  • 4 Abril 2017

"Tudo, nesta triste história, é chocante", escreve Rui Rio, que salienta o caso do Banif para pôr em causa as "humilhações dispensáveis" que a UE impôs a Portugal.

“Assim não, meus senhores”, escreve Rui Rio esta terça-feira no Diário de Notícias, numa coluna em que põe em causa a intervenção da União Europeia na banca portuguesa, indicando que Bruxelas parece não ter em conta o interesse português em várias das decisões que impôs relativamente ao sistema bancário.

Para Rui Rio, o caso do Banif “tem particularidades próprias que não podem deixar de nos preocupar no que concerne ao funcionamento da União Europeia destes nossos dias”, num contexto em que “tudo, nesta triste história, é chocante”. O antigo presidente da Câmara do Porto e economista assinala que as diferentes facetas do caso não podem “deixar de concorrer para um enorme sobressalto cívico”, desde “a falta de transparência ao seu desastroso resultado final, passando pela prepotência e contradições das instâncias europeias”.

No seu artigo de opinião, Rui Rio termina sublinhando que a burocracia europeia também se imiscui agora na capitalização da Caixa Geral de Depósitos e na venda do Novo Banco, “para lá do razoável e de muito difícil compreensão”. Criticando essa intervenção tanto no primeiro como no segundo caso, Rui Rio deixa duas perguntas: “questionando o respeito que esta Europa burocratizada tem pelo povo português”, até porque “são sempre os contribuintes nacionais que acabam a pagar a fatura das irrazoáveis exigências”, e ainda outra que “consiste em (…) questionar a consciência europeia”.

Para Rui Rio, “humilhações dispensáveis, interferências abusadoras ou desigualdades de tratamento não me parece que aprofundem o projeto comum nem que combatam os extremismos nacionalistas”, e acrescenta: “Assegura-me a experiência da vida que é justamente o contrário”.

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