Malparado: Europa prepara resposta a um problema de um bilião

Malta, que tem a presidência rotativa da União Europeia, lançou o repto aos países europeus para encontrar uma solução comum para o malparado. A Comissão Europeia diz que está disponível para ajudar.

Os bancos europeus têm um grande problema: o malparado. A fatura é pesada, em torno de um bilião de euros. Como se resolve? A banca, só por si, não tem grandes armas para o fazer, pelo que os líderes europeus estão a preparar uma resposta conjunta. Malta, que tem a presidência rotativa da União Europeia (UE), pediu para que se atue no sentido de evitar uma crise que ameace a recuperação da economia. E Valdis Dombrovskis está disposto a ajudar.

Malta veio pedir que atue de forma conjunta no sentido de prevenir que a ameaça à estabilidade financeira possa colocar em causa a recuperação da economia da região, de acordo com uma nota obtida pela Bloomberg, emitida antes da reunião dos ministros das Finanças em Valletta, esta semana.

“Tendo em conta a dimensão, o problema do malparado não irá resolver-se por si, mesmo num contexto de recuperação da economia”, refere a carta emitida por Malta. “Uma abordagem multifacetada, que combine ações tanto a nível nacional como, possivelmente, europeu, será a forma mais adequada para lidar com este problema“, refere o mesmo documento. Malta defende que se deve encorajar o desenvolvimento de mercados para esta dívida em incumprimento.

Ao mesmo tempo que o país que tem a presidência rotativa da União Europeia lança o repto, Valdis Dombrovskis, o comissário europeu com a pasta dos serviços financeiros, veio afirmar, numa carta, que está disponível para ajudar a coordenar uma estratégia europeia para dar resposta ao malparado na banca dos 28. “A Comissão Europeia está preparada para contribuir diretamente para uma estratégia” que resolva este problema.

O malparado na banca europeia corresponde a 5,1% de todos os créditos concedidos pelos bancos da UE, de acordo com os dados revelados pela Autoridade Bancária Europeia (EBA, na sigla anglo-saxónica). Assistiu-se a uma quebra entre o final de 2015 e 2015 de 0,6 pontos percentuais, mas o problema mantém-se. Países como a Grécia, Chipre e Portugal são os que têm maiores níveis de malparado.

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