Costa Silva responde sobre demissão na ANI: Pessoas “não são insubstituíveis”

António Costa Silva diz que os deputados não se devem deixar "iludir pelas demissões", após mais uma saída, desta vez da Agência Nacional de Inovação.

O ministro da Economia e Mar responde a questões sobre a demissão na Agência Nacional de Inovação (ANI) reiterando que as pessoas “não são insubstituíveis”, nomeadamente “nos lugares do Governo e serviço público”, num debate na Assembleia da República. António Costa Silva diz para os deputados não se deixarem “iludir pelas demissões”.

Quanto às acusações da ex-presidente da ANI, defende que foram feitas várias reuniões: “Trabalhamos 24 horas por dia se for necessário”, atira, após questões do PSD. Sobre o futuro, o ministro assegura que “as escolhas que são feitas vão melhorar as organizações”.

“Vamos ter ANI, IAPMEI, os organismos a funcionar”, garante, ressalvando que “não significa que as pessoas não fizeram o trabalho, mas as mudanças instilam novas dinâmicas e organizações”.

Perante mais questões da oposição sobre as demissões no Governo, o ministro admite que o primeiro-ministro “já teve oportunidade de reconhecer que o Governo se pôs a jeito”. Mas “o Governo vai corrigir: a questão fundamental é liderança, o Governo tem liderança forte do primeiro-ministro que provou em múltiplas circunstâncias”.

No Parlamento, o ministro destaca também os indicadores da economia em 2022, nomeadamente o crescimento de 6,7% do PIB, apontando os “números são a derrota do pessimismo”. “Não podemos entrar em deslumbramentos mas temos de evitar visões catastrofistas sobre desenvolvimento da economia portuguesa”, salienta.

Governo continua a “receber propostas de interesse” na Efacec

O ministro da Economia fala sobre a Efacec adiantando que continuam a “receber propostas de interesse na empresa”, nomeadamente de companhias internacionais. O objetivo “é assegurar competitividade do processo até ao fim”, diz Costa Silva.

“Estamos a trabalhar para assegurar a transação”, assegura o ministro, apontando que tem uma equipa na qual confiam. “O processo está-se a desenvolver, já foram feitas consultas a bases de dados dos vários interessados: no início tivemos 10 interessados, hoje temos 7 e continuamos a receber propostas de interesse na empresa e de companhias nacionais”, adianta. Ao que o ECO apurou, a Mota-Engil também deverá ir a jogo apesar de o novo CEO ter dado a entender que iam desistir.

O ministro defende ainda que o Governo não quer ser acionista da Efacec, admitindo que o Governo “não é bom acionista de uma empresa tecnológica, que exige estar sintonizado com os mercados internacionais e definir um plano estratégico”.

Sobre o dinheiro que será colocado na empresa, indica que se o processo for completado “dentro de um mês ou dois, as injeções serão muito limitadas”. Até agora foram “165 milhões de euros entre injeções de capital para a tesouraria e garantias que foram dadas”, sinaliza.

(Notícia atualizada às 16h30)

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