14% do crédito à habitação em Portugal foi concedido a estrangeiros. Brasileiros no topo
Montante de crédito para a casa obtido por cidadãos estrangeiros subiu de 10,8% em 2021 para 14% em 2022.
Quase um sexto do crédito à habitação em Portugal foi concedido a estrangeiros, em 2022, revelam os novos dados divulgados pelo Banco de Portugal (BdP) esta quinta-feira. É uma subida face a 2021, quando 10,8% do montante contratado tinha ido para cidadãos de outros países. Entre as nacionalidades destacam-se os brasileiros.
No total, foram 169 mil as pessoas que contraíram um crédito à habitação no ano passado, mais duas mil do que em 2021. Cerca de 16 mil destas eram cidadãos estrangeiros, sendo que o montante dos créditos que contrataram corresponde a 14% do valor total, de acordo com o novo indicador estatístico do BdP.
Em 2021, 10,8% do montante contratado para crédito à habitação era para estrangeiros. Em termos de número de pessoas, 7,25% das que obtiveram crédito não eram de Portugal, número que subiu para 9,5% em 2022.
Olhando para os montantes concedidos aos estrangeiros, 20% foi para cidadãos do Brasil, seguindo-se o Reino Unido e os EUA.
É de salientar que neste indicador se considera não apenas crédito à habitação, mas também créditos para obras nas habitações e para a aquisição de terrenos para a construção de habitação.
Valor mediano do crédito à habitação subiu para 112 mil euros
Olhando para o total do crédito à habitação concedido, o valor mediano do contrato subiu para 112 mil euros no ano passado, o que compara com 100 mil euros em 2021.
Quase dois terços do crédito à habitação concedido em 2022 (61%) foram contratualizados com pessoas com idade até 40 anos e quase um quinto foi mesmo para pessoas até aos 30 anos. Note-se que as novas regras impostas pelo BdP para limitar os prazos dos créditos habitação consoante a idade entraram em vigor no final de março, mas os dados são anuais.
Quanto à região de residência, duas em cada três pessoas que contraíram um crédito à habitação residiam na região Norte e na Área Metropolitana de Lisboa, indica o banco central.
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