Risco de pobreza diminuiu com aumento da intensidade de trabalho. Mas em Portugal não tanto
Em agregados familiares com intensidade de trabalho média, Portugal é o segundo país da UE com maior risco pobreza, logo a seguir à Roménia.
Quanto maior a intensidade de trabalho, menor a taxa de risco de pobreza. A tendência foi sentida em toda a União Europeia (UE), em 2021. Enquanto para as pessoas com menos de 65 anos que viviam em agregados familiares com intensidade de trabalho muito baixa, a taxa de risco de pobreza era de 62,2%, para aquelas que viviam em agregados familiares com intensidade de trabalho muito elevada, a taxa situava-se apenas nos 5,4%. Já para as pessoas que viviam em agregados com intensidade média, a percentagem foi de 23,6%.
Portugal não foi exceção, embora a taxa de risco de pobreza nacional esteja sempre ligeiramente acima da média da UE, em qualquer um dos três cenários observados. Aliás, em agregados familiares com intensidade de trabalho média, Portugal é o segundo país da UE com maior risco pobreza, mostram os dados divulgados esta segunda-feira pelo Eurostat.
Em terras lusitanas, em 2021, a taxa de risco de pobreza para as pessoas com menos de 65 anos que viviam em agregados familiares com intensidade de trabalho muito baixa era de 64,2%. Já em agregados familiares com intensidade de trabalho média, a percentagem situava-se nos 36,1%, e em agregados com intensidade de trabalho muito alta, fixava-se nos 7,3%.
A maior discrepância em relação à média dos Estados-membros verifica-se nos agregados familiares com intensidade de trabalho média, em que, em Portugal, a taxa de risco de pobreza agrava 12,5 pontos percentuais, sendo o segundo país com maior taxa de risco de pobreza, logo a seguir à Roménia (40%). Neste cenário, a Finlândia é o país que apresenta a taxa de risco mais baixa (9,4%).
Em agregados familiares com intensidade de trabalho muito alta, Portugal também não pontua muito bem, apresentando-se como o quarto país com maior risco de pobreza. Enquanto a Holanda apresenta uma taxa que não chega sequer aos 1% (0,9%), Luxemburgo (13%), Roménia (9,6%), Espanha (7,8%) e Portugal (7,3%) são os países que estão na cauda da UE.
Finalmente, em agregados familiares com intensidade de trabalho muito baixa, Portugal consegue aproximar-se mais do meio da tabela, desta vez liderada pelo Luxemburgo, cuja taxa de risco de pobreza é de 44,6%, valor que contrasta com a percentagem apurada na Croácia (80,6%).
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