Governo prepara concessão dos bares nos comboios mas sindicatos exigem garantia do serviço
Sindicatos defendem que a CP deve “garantir de imediato este serviço essencial, tomando conta dos trabalhadores e da gestão dos bares".
O Governo está a preparar um concurso público para a concessão dos bares nos comboios, que poderá estar concluído em 30 dias, avançaram esta quarta-feira as estruturas sindicais, que exigem que a CP “tome conta” dos trabalhadores e assegure este serviço.
Uma delegação sindical esteve, esta tarde, reunida, com o secretário de Estado das Infraestruturas, Frederico Francisco, numa altura em que os trabalhadores dos bares dos comboios Alfa Pendular e Intercidades, que têm o salário de fevereiro em atraso, encetaram formas de luta, exigindo que a CP assuma os contratos de trabalho que tem com a concessionária Apeadeiro 2020.
“O secretário de Estado disse aos representantes dos trabalhadores, que a CP já tinha rescindido o contrato com a Apeadeiro 2020 e que iria fazer um concurso público rápido para entregarem a concessão dos bares, o que poderia estar resolvido em 30 dias”, adiantou à Lusa Francisco Figueiredo, da direção nacional da Federação dos Sindicatos de Agricultura, Alimentação, Bebidas, Hotelaria e Turismo de Portugal (FESAHT).
No entanto, as estruturas sindicais mantêm a sua posição defendendo que a CP deve “garantir de imediato este serviço essencial, tomando conta dos trabalhadores e da gestão dos bares”, encetando depois os procedimentos para uma nova concessão. Francisco Figueiredo referiu que os comboios de longo curso não podem circular sem água e refeições, sublinhando que os utentes estão a pagar por um serviço que não está disponível.
Assim, os trabalhadores vão manter a greve de quinta-feira e têm agendado, para sexta-feira, um plenário em Santa Apolónia (Lisboa) e no Porto, no qual vão discutir novas formas de luta. De acordo com a FESAHT, do lado do Governo ficou também a garantia que da reunião agendada para 8 de março, com a CP – Comboios de Portugal e a Apeadeiro 2020 devem sair “mais certezas” quanto ao futuro destes trabalhadores.
“Entendemos que o caminho que a CP e o Ministério das Infraestruturas estão a seguir não resolve os problemas dos trabalhadores”, concluiu.
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