EDP Renováveis aquece a bolsa ao subir mais de 5%

As cotadas do grupo EDP assumem posições diametralmente opostas na tabela do PSI esta quinta-feira. A EDP chegou a cair mais de 3% nos primeiros minutos de negociações e seguia a cair 2%, para 4,614 euros, pelas 12h15 desta quinta-feira. Mas o destaque da sessão é mesmo a subsidiária EDP Renováveis, que impulsiona o PSI com uma subida de 5%, para cerca de 20,3 euros por ação.

Esta tendência dá-se numa altura em que os investidores reagem às últimas informações divulgadas pelo grupo. Na quarta-feira, após o fecho das bolsas, a EDP revelou que os lucros em 2022 cresceram 3%, para 679 milhões de euros. Já durante esta madrugada, a EDP revelou também o plano de negócios para os próximos anos e indicou que pretende executar um aumento de capital de mil milhões de euros para financiar uma Oferta Pública de Aquisição (OPA) à EDP Brasil. O objetivo da elétrica é adquirir as ações detidas pelos acionistas minoritários de uma empresa da qual já detém 56,05% do capital.

O grupo anunciou ainda um plano de investimentos de 25 mil milhões de euros para o período entre 2023 e 2026, dos quais 21 mil milhões em renováveis e quatro mil milhões em redes de eletricidade. Estas intenções de investimento representam um reforço de 30% face ao plano de negócios anterior, e traduzem-se num investimento médio anual de aproximadamente 6,2 mil milhões de euros.

Já EDP Renováveis também prevê realizar um aumento de capital de mil milhões de euros, parte para investir no portefólio de energia renovável, operação que será subscrita pelo fundo soberano de Singapura. Os planos da cotada foram elogiados pelo Goldman Sachs: “A EDP Renováveis anunciou um aumento de capital de mil milhões de euros integralmente subscrito por um Fundo Soberano, evitando assim a criação de um mercado de saliência. Acreditamos que o mercado deve receber essa notícia de forma positiva”, realçou o analista do banco de investimento.

Assim, enquanto a EDP pressiona o PSI, a EDP Renováveis reluz. O PSI chegou a negociar abaixo da linha de água, mas negociava com uma subida de 0,5% pelas 12h15, tangente aos 6.000 pontos. Além da EDP Renováveis, a Galp subia 2,68% e também contribuía para o desempenho positivo do índice, enquanto a Jerónimo Martins somava 1%. Pelo contrário, o BCP estava a pressionar Lisboa ao recuar 2%. Na Europa, o Stoxx 600 também abriu no vermelho, mas inverteu a tendência, apontando um ganho marginal.

(Notícia atualizada pela última vez às 12h18)