Há mais homens trabalhadores independentes do que mulheres. Portugal tem gap menor do que UE

Em Portugal, a diferença entre géneros era de 5,7 pontos percentuais, um ponto percentual abaixo da média da UE.

Os homens na União europeia (UE) são mais propensos a serem trabalhadores independentes do que as mulheres. No terceiro trimestre de 2022, 16,1% dos homens empregados entre os 15 e os 64 anos trabalhavam por conta própria, em comparação com 9,4% das mulheres. Uma diferença que aumenta com o avançar da idade. Em Portugal, a diferença entre géneros é de 5,7 pontos percentuais, abaixo da média da UE, mostram os dados do Eurostat divulgados esta terça-feira.

Entre julho e setembro do ano passado, cerca de 605 mil pessoas trabalhavam de forma independente em Portugal, sendo o 11.º país da UE com mais trabalhadores nestas condições. O gap entre géneros era de 5,7 pontos percentuais.

Pontuavam melhor em termos de igualdade de género o Chipre, Luxemburgo, Noruega, Lituânia, Alemanha, Suíça, Dinamarca, Letónia, Áustria, Bulgária, Hungria e França. Ainda assim, o território nacional situava-se abaixo da média europeia em cerca de um ponto percentual.

 

Contrariamente, os países da UE com diferenças de género mais acentuadas eram a Grécia, Eslováquia, Polónia, Irlanda e Itália.

Gap aumenta mais idade e menos qualificações

De uma forma geral, a diferença de género entre pessoas com idades compreendidas entre os 15 e os 64 anos que trabalhavam por conta própria era maior entre os trabalhadores da UE por conta de outrem com um baixo nível de educação (8,4 pontos percentuais, enquanto 5,8 pontos percentuais entre aqueles que possuíam um elevado nível de educação).

A diferença de género cresce ainda com o avançar da idade. A diferença de género entre as pessoas da UE entre os 25 e os 49 situava-se nos 5,7 pontos percentuais, enquanto para as pessoas entre os 50 e os 64 anos dispara para os 9,9 pontos percentuais.

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