Alojamento turístico cresceu 22% face a janeiro de 2020 quando ainda não havia efeitos da pandemia
Em janeiro, o setor do alojamento turístico (que inclui hotelaria, alojamento local e turismo do espaço rural) o número de hóspedes e dormidas cresceu 72,5% e 74,5%, respetivamente.
No primeiro mês do ano, o setor do alojamento turístico (que inclui hotelaria, alojamento local com pelo menos dez camas e turismo do espaço rural) português recebeu 1,5 milhões de hóspedes e 3,5 milhões de dormidas. Face a janeiro de 2022, isto traduz-se num aumento de 72,5% e 74,5%, respetivamente. Comparando com janeiro de 2020, quando ainda não se faziam sentir os efeitos da pandemia no setor, registou-se um aumento de 21,6%.
Os dados foram avançados esta segunda-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) e são referentes ao primeiro mês do ano. O gabinete já tinha apresentado as estatísticas rápidas relativamente à mesma atividade, divulgadas no final de fevereiro. De acordo com os dados iniciais, janeiro teve um aumento das dormidas de turistas portugueses e estrangeiros: o mercado interno contribuiu com 1,2 milhões de dormidas (mais 38,7% face a janeiro de 2022) e o externo um aumento de 101,3%.
Proveitos totais obtidos por região
O rendimento total obtido com a atividade de alojamento turístico (onde se inclui o aposento, restauração e outros serviços como lavandaria) atingiu os 212,4 milhões de euros em janeiro de 2023 (um crescimento de 99%). Comparando com mesmo mês em 2020, houve um aumento de 21,6%, abrandando face à evolução registada em dezembro (de 23,8%).
De acordo com o INE, foi na Área Metropolitana de Lisboa (AML) onde se concentrou a maioria do rendimento total (38,2%). Seguiu-se a Região Autónoma da Madeira e a região Norte. O maior crescimento do proveito total registou-se na AML (150,3%) e no Norte (92,8%).
Hotelaria foi a maior fonte de rendimento
Se olharmos para os dados do INE por tipo de alojamento turístico, o destaque vai para a hotelaria, onde os proveitos totais cresceram 103% (atingindo 186,6 milhões de euros). Face a 2020, isto traduz-se num aumento de 18,5%.
Seguem-se os estabelecimentos de alojamento local (com uma subida de 86,8% dos proveitos totais) e o turismo no espaço rural e de habitação (com um crescimento de 44,5%).
2023 teve o janeiro com maior número de hóspedes e dormidas
Segundo o INE, este foi o mês de janeiro, desde que há registo, com valores de hóspedes e de dormidas mais elevados. No primeiro mês do ano registaram-se 1,5 milhões de hóspedes e 3,5 milhões de dormidas, um aumento respetivo de 72,5% e 74,5%. O instituto português usa como referência os quatro municípios com maior número de dormidas: a capital, Funchal, Porto e Albufeira.
Dormidas por principais municípios
Lisboa concentrou 25,2% do total de dormidas em janeiro de 2023, o que se traduz em 875,6 mil. Das dormidas registadas na capital, 31% correspondem a turistas estrangeiros.
No Funchal registaram-se 427 mil dormidas em janeiro (o que corresponde a 12,3% do total), um aumento de 14,2% face a janeiro de 2020. Por oposição ao caso lisboeta, no Funchal o maior crescimento a nível de dormidas foi por parte de turistas portugueses: um aumento de 66,5%.
No Porto, as dormidas de turistas estrangeiros e nacionais tiveram aumentos muito semelhantes: 5,5% e 5,3%, respetivamente. No total, face a janeiro de 2020, houve um crescimento de 5,5% das dormidas (o que se traduz em 283,9 mil).
No entanto, o destaque do INE vai para Albufeira, que registou uma diminuição das dormidas de 11,2% face a 2020. As dormidas no município foram 176,4 mil, havendo menos 17,5% de dormidas de turistas portugueses e menos 9,9% de estrangeiros.
(Notícia atualizada às 12h17)
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