Trabalhadores da Silicália iniciam greve em Abrantes por melhores salários
Os profissionais reivindicam um aumento salarial de 150 euros, a atribuição de seguro para todos e o aumento do atual subsídio de refeição de seis euros para 7,60 euros.
Os trabalhadores da fábrica Silicália, no Pego, Abrantes, iniciam esta segunda-feira uma paralisação de um dia, que se repetirá na quinta-feira, para obter da administração da empresa, de capitais espanhóis, um compromisso de melhoria salarial e outras regalias sociais.
Os 140 trabalhadores da Silicália Portugal – Indústria e Comércio de Aglomerados de Pedra, S.A., instalada junto à central termoelétrica do Pego, em Abrantes, no distrito de Santarém, reivindicam um aumento salarial de 150 euros, a atribuição de seguro para todos os trabalhadores e o aumento do atual subsídio de refeição de seis euros para 7,60 euros.
Em declarações à Lusa, António Amaro Costa, do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias de Cerâmica, Cimentos e Similares, Construção, Madeiras, Mármores, Cortiças do Sul e Regiões Autónomas (STCCMCSCGTP-IN), disse que a estas reivindicações a empresa tem dito “sempre não”.
“Esta greve consiste em que a empresa perceba que os trabalhadores da Silicália merecem respeito e que sem estes trabalhadores também não andará para a frente”, afirmou.
Os trabalhadores reivindicam uma “efetiva negociação salarial e melhoria das condições de trabalho”, com um “aumento salarial digno e um aumento do valor do subsídio de alimentação”, além da “reposição dos subsídios de turno indevidamente retirados, seguro de saúde para todos e eliminação dos fatores de risco que originam as doenças profissionais”, explicou.
Ainda segundo António Costa, com a greve os trabalhadores querem alcançar o que “é justo e necessário” para todos os funcionários, já que a administração da empresa ouve as reivindicações, mas “a resposta é sempre não e que não há condições” para um acordo.
“Acho que havia todas as condições da Silicália poder negociar, não digo a todas as matérias, mas a grande parte delas. A empresa recebe-nos, responde, mas a resposta é sempre não e que não há condições. E, ao longo dos anos, tem sido isto”, criticou, recordando que os trabalhadores já fizeram um dia de greve, a 9 de fevereiro, pelos mesmos motivos.
Agora, de modo a “demonstrar a sua indignação” e para “dar força à reivindicação”, os trabalhadores da Silicália iniciam um novo período de protesto hoje, às 22:00, até às 24:00 de terça-feira.
Na quarta-feira, os trabalhadores iniciam nova greve às 22h00 até às 24h00 de quinta-feira.
A agência Lusa tentou contactar a administração de empresa, sem sucesso.
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