Trabalhadores da TAP prometem lutar contra o fecho do infantário
Os 12 sindicatos do universo TAP querem reunir com urgência com o futuro chairman e CEO da companhia para que se encontre uma solução que evite o encerramento do infantário a partir de agosto.
Os 12 sindicatos que representam todo o universo de trabalhadores da TAP prometem que não vão deixar de lutar contra o encerramento do infantário e exigem em uníssono que se iniciem “imediatamente” as obras no infantário, para que “tenha condições para funcionar o mais brevemente possível”. Reclamam ainda uma reunião com urgência com o futuro chairman e CEO, Luís Rodrigues, para que seja encontrada uma solução para que “se acabe com este ataque inqualificável aos direitos dos trabalhadores”.
Em causa está a decisão da TAP de encerrar o infantário a partir de agosto no seguimento de uma fiscalização da Segurança Social que, por sua vez, deu ordem à companhia para fazer obras profundas no edifício do infantário, que funciona dentro do campus, sob pena de perder licença de funcionamento. As obras iriam arrastar-se, pelo menos, durante um ano.
A TAP optou por não realizar as obras no edifício, onde funciona o infantário desde 1972, e ofereceu aos trabalhadores duas soluções para transferir as cerca de 100 crianças que frequentam o infantário, que funciona dentro do campus da companhia e que está aberto todos os dias do ano durante 24 horas.
A companhia propôs aos trabalhadores transferirem os filhos para o Externato Champagnat, localizado perto da sede da TAP, ou para o infantário do LNEC, em Alvalade. De acordo com as soluções apresentadas pela companhia, as condições de pagamento do infantário mantém-se e as crianças têm vagas asseguradas a partir de setembro de 2023. A TAP ofereceu ainda um voucher infância para trabalhadores com filhos até cinco anos.
No entanto, nenhum destes infantários funciona 24 horas e está aberto todos os dias do ano, sendo esta uma condicionante para os trabalhadores.
Perante este cenário todos os sindicatos que representam os trabalhadores da companhia (12) reuniram-se esta quinta-feira e deixam o aviso que não vão “abdicar da luta pela manutenção do infantário no campus TAP” e frisam de forma “inequívoca” que a decisão da companhia de encerrar o estabelecimento escolar “não cumpre o disposto em vários Acordos de Empresa ainda em vigor e celebrados livremente pelas partes”.
Depois de analisar as soluções propostas pela transportadora, a plataforma dos sindicatos diz que “não respondem às necessidades atuais e futuras” dos trabalhadores considerando que esta é “uma realidade inatacável”.
Em comunicado, o Sindicato Nacional de Pessoal da Aviação Civil (SNPVAC), liderado por Ricardo Penarroias, sugeriu “canalizar os 500 mil euros da indemnização da Alexandra Reis para as obras necessárias, tendo em vista o licenciamento do Infantário”.
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