BCP aprova aumentos salariais de 3%, abaixo dos rivais

Banco decidiu avançar com aumentos de 3% para trabalhadores e reformados com efeitos retroativos a janeiro, apesar de manter negociações com os sindicatos. Salário mínimo aumenta 10%.

O BCP decidiu avançar com aumentos 3% com efeitos retroativos a janeiro, apesar de manter negociações com os sindicatos subscritores do ACT do grupo, com quem espera chegar a um acordo “com a brevidade possível”. Esta atualização fica abaixo dos 4% de aumentos promovidos nos outros bancos.

Por outro lado, o subsídio de almoço aumenta em 9,5%, enquanto a remuneração mínima mensal, com efeitos a março, se fixará em 1.100 euros, o que representa um acréscimo de 10% face ao valor atual. A bolsa de estágio, atribuída aos estagiários profissionais, sobe para 850 euros, acrescida de subsídio de almoço.

Numa comunicação interna a que o ECO teve acesso, o banco justifica esta opção com a necessidade de uma “partilha equilibrada” entre todos os stakeholders. Refere mesmo que, depois de “um período muito difícil”, que envolveu ajudas do Estado, a instituição registou uma evolução “francamente positiva”. Porém, o esforço de recuperação “tem sido muito suportado também pelos acionistas, aos quais na última década apenas por duas vezes foram pagos dividendos, tendo em ambas as vezes o payout sido de 10%, o que é manifestamente insuficiente”.

Aos trabalhadores, a comissão executiva liderada por Miguel Maya indica que 2023 será um ano de transição e que, prevendo-se que sejam alcançados os objetivos do plano estratégico, o BCP iniciará uma “nova fase com capacidades reforçadas para gerar e partilhar mais valor” com trabalhadores e acionistas.

A gestão do banco sublinha ainda que esta decisão “não colide com, nem condiciona, o processo negocial com os sindicatos subscritores dos ACT do grupo BCP, mantendo-se empenhada em fechar esse acordo com a brevidade possível”. Os sindicatos pretendem aumentos de 8%. A última proposta do BCP foi de 2,5%, tendo evoluído agora para os 3%.

Antes do BCP, Santander, BPI e Novobanco decidiram aumentar os salários em 4% perante a situação de impasse nas negociações com os sindicatos. A Caixa decidiu esta semana dar aumentos de 76 euros em todos os níveis.

(Notícia atualizada às 16h14)

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