Medidas do Governo deixam de fora classe média e “muitos pensionistas”, critica Montenegro

Líder do PSD diz que as medidas anunciadas pelo Executivo pecam por tardias e deixam de fora a classe média e "muitos pensionistas". Montenegro defende descida de impostas para famílias e empresas.

O presidente do PSD critica as medidas anunciadas pelo Executivo para mitigar o aumento de custo de vida, referindo que pecam por tardias e deixam de fora a classe média e “muitos pensionistas”. Uma política fiscal de “baixa de imposto” sobre o rendimento da famílias e sobre os lucros das empresas “é viável e devia ser adotada”, defende Luís Montenegro.

“Estamos na presença de um Governo que é simultaneamente insensível, inconsistente e incoerente“, afirmou Luís Montenegro, em declarações transmitidas pela RTP3, em reação ao pacote de 2,5 mil milhões de euros de apoio às famílias para mitigar o aumento do custo de vida.

Para o líder dos sociais-democratas as medidas anunciadas, nomeadamente no que toca à alimentação, eram “necessárias”, mas vieram “tarde e a más horas”, deixando de fora muitos portugueses. “A insensibilidade deste Governo também se revela na circunstância de que a grande maioria dos portugueses, a classe média e muitos pensionistas” não são abrangidos por este pacote. “Este pacote de medidas não abrange muito pensionistas que têm reformas baixas”, aponta.

Questionado pelos jornalistas sobre a descida do IVA para 0% num cabaz de produtos de bens essenciais que ainda será definido, Luís Montenegro acusou o primeiro-ministro de ser “inconsciente” por antes ter dito que não tinha a certeza sobre a “eficácia” da medida e lamenta que ainda não seja conhecido quais os produtos em causa e “a forma como se vai operacionalizar”.

Luís Montenegro acusou ainda o Governo de dar “apenas uma pequena parte”, depois de ter tido um desempenho orçamental em 2022 “onde bateu todos os recordes” e de ter acumulado “receitas das famílias e empresas” e defende que a aposta devia ter passado por uma descida dos impostos.

“A política fiscal que defendemos para Portugal de baixa dos impostos sobre o rendimento das pessoas, de baixa dos impostos sobre os lucros das empresas é viável e devia ser adotada como estímulo à criação de riqueza para podermos ter também mais poder de compra e melhores salários”, concluiu.

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