Banca nacional afasta-se dos ativos de risco internacional

  • Lusa
  • 12 Abril 2017

Os ativos financeiros internacionais dos bancos portugueses na ótica do risco imediato baixarem em 4,1 mil milhões de euros no ano passado, para 83,8 mil milhões diz o BdP.

Os ativos financeiros internacionais dos bancos portugueses na ótica do risco imediato eram de 83,8 mil milhões de euros no final de 2016, menos 4,1 mil milhões de euros do que no ano anterior, divulgou hoje o BdP. Segundo as estatísticas bancárias internacionais em base consolidada relativas ao quarto trimestre de 2016 publicadas pelo Banco de Portugal (BdP), na ótica do risco de última instância o valor dos ativos financeiros internacionais detidos pelos bancos portugueses cifrava-se em 84,3 mil milhões de euros, menos 4,3 mil milhões de euros face ao final de 2015.

De acordo com o BdP, as reduções registadas em ambas as óticas “deveram-se essencialmente à evolução dos ativos externos dos bancos portugueses em países da União Monetária, nomeadamente nos Países Baixos”.

O banco central reporta ainda uma diminuição em 2016 dos ativos detidos por sucursais e filiais dos bancos portugueses nos países em que estão localizados (ativos locais), destacando a redução verificada nos PALOP (Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa). No total, cerca de dois terços dos ativos financeiros internacionais detidos pelos bancos portugueses situavam-se na União Europeia.

Se a exposição de risco imediato a Estados-Membros da União Europeia era superior à exposição em risco de última instância, já perante os BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) e outros países os bancos portugueses tinham uma maior exposição em risco de última instância do que em risco imediato.

Segundo explica o BdP, o maior volume de ativos internacionais de risco de última instância em face dos ativos de risco imediato “significa que existem ativos de bancos portugueses sobre entidades residentes com garantia prestada por entidades não residentes”. Esta diferença, que no final de 2016 ascendia a cerca de 0,5 mil milhões de euros, correspondeu a uma transferência de risco líquida entre Portugal e o resto do mundo, refere.

Na ótica do risco imediato consideram-se os ativos financeiros internacionais que são detidos face à contraparte com quem o banco celebrou o contrato e que tem, em primeira instância, a responsabilidade de responder pelo seu cumprimento, independentemente de o mesmo poder ser garantido por um terceiro interveniente.

Já os ativos financeiros internacionais na ótica do risco de última instância são os detidos face à contraparte que assume a responsabilidade pelo cumprimento do contrato em última instância, ou seja, quando existe um terceiro interveniente que garante o cumprimento do contrato, esse é considerado em substituição da contraparte imediata.

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