Cabaz de bens essenciais volta a ficar mais caro. Douradinhos, pescada e atum tiveram os maiores aumentos
No dia em que Parlamento aprovou "IVA zero" em alguns alimentos básicos, Deco revela que preço de um cabaz de bens essenciais subiu ligeiramente, para quase 227 euros, ao fim de duas semanas a descer.
Depois de duas semanas a recuar, o preço do cabaz de bens essenciais voltou a subir. Na última semana, aumentou 99 cêntimos (0,44%) e passou a custar 226,98 euros, segundo as contas realizadas pela Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor (Deco). Os douradinhos, a pescada fresca, o atum e o esparguete foram alguns dos produtos que mais aumentaram de preço.
Já se compararmos com há um ano (6 de abril de 2022) este cabaz ficou 32,06 euros mais caro, um aumento de 16,45%. Ao mesmo tempo, a diferença é ainda mais notória se a comparação for feita com o dia anterior ao início da guerra na Ucrânia: a 23 de fevereiro custava 183,63 euros, o que significa uma subida de 23,61% (mais 43,35 euros) face ao preço atual. Só este ano, o cabaz monitorizado pela Deco, que inclui 63 produtos alimentares, encareceu 7,58 euros (3,45%).
No que toca especificamente à última semana, isto é, entre 29 de março e 5 de abril, os douradinhos de peixe e a pescada fresca foram os produtos que mais subiram de preço, com aumentos de 17% (mais 90 cêntimos e 1,22 euros, respetivamente). Segue-se o atum posta em azeite (7%), o atum posta em óleo vegetal, os cereais e o esparguete (todos 6%), o salmão, a costeleta de porco e o arroz carolino (5%) e as ervilhas ultracongeladas (com um aumento de 4%).
Já entre a véspera do início da invasão russa e esta quarta-feira, o arroz carolino foi o produto que mais subiu de preço, disparando 91% (mais 1,04 euros). Segue-se a cebola (82%), a polpa de tomate (75%), a cenoura (74%), o azeite virgem (59%), o salmão (58%), a couve-coração (52%), o açúcar branco (46%), o leite UHT meio gordo (44%) e a batata vermelha (43%).
Certo é que, de semana para semana, os preços destes produtos variam, aumentando ou reduzindo o custo total do cabaz. Assim, entre o início da guerra da Ucrânia e esta quarta-feira, a mercearia foi a categoria de produto que mais aumentou de preço — uma cesta destes produtos disparou 27,49% (mais 11,63 euros) para 58,78 euros. Segue-se a carne, que aumentou 25,65% (mais 8,27 euros), totalizando 40,52 euros; o peixe que disparou 24,02% (mais 14,49 euros) para 74,80 euros; os laticínios que aumentaram 22,60% (mais 2,59 euros) para 14,07 euros; a fruta e legumes, cuja cesta aumentou 18,11% (mais 4,28 euros) para 27,88 euros; e, por fim os congelados, cujo aumento foi de 15,13% (mais 2,90 euros) para 15,94 euros.
Para colmatar a subida de preços, o Governo assinou um acordo com os representantes da distribuição (APED) e da produção agroalimentar (os agricultores da CAP), que irá permitir a isenção de IVA num cabaz de bens essenciais. A medida é transitória e deverá vigorar vigorar entre 18 de abril e 31 de outubro, tendo sido aprovada esta mesma quinta-feira, na Assembleia da República, em votação final global.
Assine o ECO Premium
No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.
De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.
Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.
Comentários ({{ total }})
Cabaz de bens essenciais volta a ficar mais caro. Douradinhos, pescada e atum tiveram os maiores aumentos
{{ noCommentsLabel }}