Rússia justifica armas nucleares na Bielorrússia com aproximação da NATO
O Kremlin insistiu que a decisão de enviar armas nucleares táticas de curto alcance para a Bielorrússia constitui uma resposta à decisão da NATO de se aproximar das fronteiras russas.
O Kremlin insistiu esta quinta-feira que a decisão de enviar armas nucleares táticas de curto alcance para a Bielorrússia constitui uma resposta à decisão da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) de se aproximar das fronteiras russas
“A NATO está a expandir-se até às fronteiras com a Rússia. Não é a Rússia que está a acercar-se, com a sua infraestrutura militar, das fronteiras com a NATO. Este é um movimento na direção oposta”, afirmou o porta-voz da Presidência russa, Dmitri Peskov.
Citado pela agência noticiosa russa Interfax, Peskov realçou que a Rússia está “preocupada com a sua segurança” e estão a ser tomadas medidas para “garantir e reequilibrar a arquitetura de segurança no continente”
No final de março, o Presidente russo, Vladimir Putin, deu conta de um acordo para a implantação de armas nucleares táticas russas no território da Bielorrússia em resposta ao anúncio britânico do fornecimento de munições de urânio empobrecido às Forças Armadas ucranianas.
Segundo Putin, a construção das instalações para o armazenamento de armas nucleares táticas na Bielorrússia será concluída a 01 de julho, embora as armas permaneçam sempre sob controlo russo.
Na mesma ocasião, Putin enfatizou que o envio de armas nucleares táticas para a Bielorrússia não viola os acordos de não-proliferação porque os Estados Unidos têm, há anos, armamento idêntico noutros países.
A Bielorrússia tem há meses mísseis táticos Iskander, capazes de transportar ogivas nucleares e a Rússia já tem até dez aeronaves de combate com capacidade nuclear destacados em território bielorrusso.
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