BPI prevê “ligeira” descida nos preços de habitação em 2023
Quebra nos preços resulta da "diminuição de transações" e do "agravamento dos custos de financiamento". A acompanhar a descida de preços está a redução do número das avaliações bancárias.
Apesar da forte subida de preços registada no início deste ano, o BPI prevê fechar o ano com uma “ligeira correção” de 0,2% dos preços da habitação. A descida dos preços acontece por causa de diversos fatores, desde logo, pelo “deteriorar das condições financeiras e abrandamento da procura”, prevê o banco no último relatório que analisa a situação e perspetivas do mercado imobiliário nacional.
Ao longo do ano, o BPI antecipa que haverá uma “diminuição das transações” e um “agravamento dos rácios de acessibilidade”. Além disso, o mercado vai atravessar “um ambiente menos favorável” resultado “do agravamento dos custos de financiamento com impacto na confiança das famílias e dos investidores” a que se soma uma “ligeira deterioração do mercado de trabalho”.
A acompanhar esta descida de preços está a quebra no número de avaliações realizadas pela banca aos imóveis na hora de conceder o crédito à habitação. Em fevereiro, foram cerca de 20 mil as habitações avaliadas pela banca. Caindo pelo nono mês consecutivo, este número traduz uma redução de 29% do número de avaliações face ao período homólogo e menos 39% quando comparadas com maio de 2022, mês em que se registou o máximo histórico.
O relatório do BPI lembra que “menos avaliações significam menos processos de financiamento em crédito de habitação, e, por conseguinte, menor procura de imóveis”.
E os últimos dados revelam mesmo esta tendência de “arrefecimento do mercado”. Segundo o documento, desde julho de 2022 que a variação homóloga dos valores mensais de novas operações de crédito à habitação é negativa, sendo que em fevereiro a queda atingiu os 25,1%.
De acordo com os dados da Confidencial Imobiliário, as transações nos últimos três meses recuaram 21% face ao primeiro trimestre de 2022.
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