Microsoft tem impacto de 4,9 mil milhões em Portugal e gera 28 mil empregos

O estudo da EY estima que, por cada pessoa empregue pela Microsoft Portugal, são criados 21 postos de trabalho.

A Microsoft Portugal teve um impacto de 4,9 mil milhões de euros, cerca de 2,4% do PIB, na economia nacional, no ano fiscal de 2021. Com uma rede de 4.000 parceiros no seu ecossistema, a tecnológica foi responsável por gerar mais de 28 mil postos de trabalho, segundo o estudo “Impacto Económico e Social do Ecossistema Microsoft em Portugal”, da EY, conhecido esta quarta-feira.

“Este estudo não reflete o papel da Microsoft, mas espelha sim o sucesso de clientes e parceiros e o impacto que estes geram na economia quando usam as soluções que desenvolvemos para trabalhar, para ensinar, para entregar melhor serviço aos cidadãos. Ao tirar partido do melhor da tecnologia, podemos garantir uma maior robustez nos nossos tecidos sociais e empresariais. Olhamos, por isso, com orgulho para este legado e, agora, com a democratização do acesso à Inteligência Artificial, estamos muito entusiasmados com a oportunidade única que temos para exponenciar esse impacto. Temos de saber capitalizar esta nova vaga de inovação tecnológica”, diz Andrés Ortolá, diretor geral da Microsoft Portugal, citado em comunicado.

O estudo – realizado pela EY com base nas metodologias de análise “input output”, originalmente propostas pelo Prémio Nobel Wassily Leontief, tendo ainda sido realizado um inquérito às entidades de maior dimensão ao nível do Field Revenue Accountability (FRA) – estima que o valor gerado na economia portuguesa associado à Microsoft Portugal, incluindo a atividade do seu ecossistema e a produtividade gerada pelos seus produtos, é superior a 4,9 mil milhões de euros, tendo um impacto no PIB nacional de cerca de 2,4%.

Dos 4,9 mil milhões globalmente gerados, 1,7 mil milhões têm origem nos ganhos de produtividade obtidos pelos utilizadores dos seus produtos e serviços. Mas não só. “Se analisarmos os ganhos de produtividade globais associados à utilização do Teams nas empresas portuguesas, o valor ronda igualmente os 1,7 mil milhões de euros. Por último, o valor anual gerado diretamente pela Microsoft Portugal e sua rede de parceiros, bem como os efeitos indiretos e induzidos dessa atividade em 2022, foi de 1,5 mil milhões de euros”, aponta a tecnológica em nota de imprensa.

O valor varia consoante os serviços e produtos, mas a EY estima que por cada euro investido em produtos/serviços da tecnológica seja gerado 8,8 euros de Valor Acrescentado Bruto (VAB).

A tecnológica – que apoia 250 startups – tem ainda um peso relevante no setor TIC nacional, “contribuindo para 7% do emprego e 8% do valor económico gerado”, aponta o estudo.

 

O estudo aponta ainda o impacto direto da tecnológica ao nível das exportações – 374 milhões de euros, isto é, “24% da faturação associada a produtos e serviços do ecossistema da Microsoft em Portugal” –, bem como 49 milhões de receita fiscal, sobretudo impostos sobre o rendimento, gerados para a economia do país, estimando a EY nesse parâmetro um impacto indireto de 83 milhões e induzido de 71 milhões.

Mais 28 mil postos de trabalho

Presente em Portugal há 33 anos, entre 2017 e 2022, o número de colaboradores da Microsoft Portugal cresceu 265%, para 1.529 trabalhadores, “destacando-se o segmento de customer experience & success, composto maioritariamente por Engenheiros de Suporte altamente especializados”, refere o estudo.

Mas com 4.000 parceiros – um crescimento de 33% face a 2018 –, o impacto do ecossistema criado em torno da tecnológica é muito maior, com a EY a estimar que toda a atividade em torno do ecossistema gerou 28.624 postos de trabalho. “Um dado que engloba não só os trabalhadores contratados diretamente pela tecnológica, como os trabalhadores dos seus parceiros cujas funções estão diretamente relacionadas com soluções Microsoft”, refere o estudo.

A EY estima mesmo que, por cada pessoa empregue pela Microsoft Portugal, são criados 21 postos de trabalho.

O efeito da companhia norte-americana é também visível ao nível dos salários, com a consultora a estimar um impacto direto de 392 milhões de euros. “As remunerações pagas pelo ecossistema Microsoft em Portugal representam um salário médio de aproximadamente 2.500 euros, mais do dobro do salário médio nacional”, informa o estudo.

A tecnológica teve ainda impacto ao nível da formação. Através da Global Skills Initiatives da Microsoft já “capacitou mais de 80 milhões de pessoas em todo o mundo e 417 mil em Portugal”.

Até junho de 2022, um total 330.000 pessoas, desempregadas em formações no IEFP, foram capacitadas em tecnologia Microsoft. E um total de 11.527 pessoas foram certificadas nas Academias Microsoft Imagine, indica o estudo.

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