FMI falha acordo para declaração conjunta sobre Ucrânia
"Fizemos todo o possível para chegar a um acordo sobre uma declaração. Infelizmente, não foi possível", disse a ministra espanhola, Nadia Calviño.
A ministra da Economia e Transformação Digital de Espanha, Nadia Calviño, lamentou esta sexta-feira não ter sido possível chegar a um acordo sobre uma declaração com uma posição conjunta sobre a invasão russa da Ucrânia e o controlo da dívida.
A afirmação de Calviño surge na qualidade de presidente do Comité Monetário e Financeiro Internacional (IMFC), órgão dirigente das políticas do Fundo Monetário Internacional (FMI), integrado por 24 membros de diversos países, durante as reuniões de primavera da instituição e do Banco Mundial que decorrem esta semana em Washington.
“Fizemos todo o possível para chegar a um acordo sobre uma declaração. Infelizmente, não foi possível”, disse Calviño. A ministra espanhola salientou que a guerra na Ucrânia continua a ter grandes impactos económicos e humanitários e a ser a principal fonte de incerteza.
Calviño destacou que, embora tenha havido “conversas muito produtivas” e “discussões muito construtivas” que atestam “a vontade de cooperar”, não houve “unanimidade na mensagem de Bali sobre a guerra que foi acordada pelos líderes do G20″ em 2022.
Por outro lado, Calviño recordou como as instituições multilaterais são fundamentais para atender às necessidades de “países vulneráveis”, como a Ucrânia e Sri Lanka, e comemorou que o evento serviu para “aumentar a cooperação dos membros em políticas económicas” e fortalecer “a rede de segurança financeira global”.
Por seu lado, Kristalina Georgieva, líder do FMI, apelou às autoridades monetárias para que continuem a combater a inflação enquanto “salvaguardam a estabilidade financeira” e incentivou os países a reduzir a pobreza e aumentar os recursos alocados ao Fundo para o Crescimento e Redução da Pobreza.
“É um instrumento que provou ser útil para dar apoio sem juros a países de baixo rendimento e está numa procura recorde agora que as taxas de juros estão altas”, frisou.
Assine o ECO Premium
No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.
De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.
Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.
Comentários ({{ total }})
FMI falha acordo para declaração conjunta sobre Ucrânia
{{ noCommentsLabel }}