Lula quer empresários portugueses e brasileiros a partilharem empresas

Apex, agência de investimento do Brasil, vai abrir escritório em Portugal, anunciou Lula da Silva após cimeira luso-brasileira.

Em vez de andarem às compras, os empresários de Portugal e do Brasil têm de partilhar mais as sociedades. Lula da Silva lançou o desafio neste sábado, após a cimeira luso-brasileira com o primeiro-ministro português, António Costa. Foram assinados 13 novos acordos de cooperação, depois de mais de seis anos sem qualquer encontro bilateral entre os dois países.

“Queremos convencer os empresários brasileiros não a comprar empresas em Portugal e portugueses a comprarem empresas no Brasil mas sim a construir políticas de partilha de sociedades, para as empresas crescerem juntas”, ambicionou o Presidente do Brasil em declarações após a cimeira. Lula da Silva garante que o Brasil “está de volta” e quer “partilhar com Portugal as oportunidades de crescimento e de investimento”.

A dois dias do fórum económico que vai decorrer no Porto, o chefe de Estado brasileiro anunciou que a agência de promoção de investimentos, a Apex, vai abrir um escritório em Lisboa. O objetivo é “mostrar a seriedade e o carinho da nossa relação”, assegurou Lula da Silva. A Apex é o equivalente no Brasil à agência portuguesa AICEP.

Lula da Silva reforçou a mensagem da recuperação com o Brasil com o facto de ter “14 mil obras paralisadas” na área das infraestruturas e de “4.000 obras paralisadas” só na área da educação. O Presidente do Brasil notou ainda: “Portugal, para nós, não é um país estrangeiro. É uma extensão da nossa casa. É assim que precisamos de nos relacionar”.

Do lado português, António Costa garantiu que as cimeiras luso-brasileiras “voltarão a ser anuais” e sinalizou os 13 acordos assinados neste sábado. O documento prevê, por exemplo, as equivalências no ensino básico e secundário, o reconhecimento mútuo das cartas de condução entre os dois países e o alargamento da parceria com a Embraer na reparação de material militar brasileiro na aviação.

Também foi assinado um memorando no domínio da energia com o objetivo de promover “o desenvolvimento e a implementação da cooperação institucional, técnica e científica, bem como a partilha de conhecimento, e incentivar a realização conjunta de programas, projetos e atividades. Estão previstos “programas e iniciativas de eficiência energética, na integração de eletricidade de base renovável na rede, no armazenamento de energia e de combustíveis renováveis, como o hidrogénio e o biometano.

Na área da geologia e minas, o executivo nacional e o brasileiro dizem querer “promover o desenvolvimento e a implementação da cooperação institucional, técnica e científica, bem como a partilha de conhecimento, e incentivar a realização conjunta de programas, projetos e atividades”. Este compromisso prevê “a constituição de parcerias, partilha de conhecimentos na pesquisa geológica e na exploração mineral e a contribuição para a transição energética sustentável na ótica da verticalização do setor”.

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