Pilotos da Portugália preveem verão mais complicado do que o normal
Dirigente do Sindicato Independente de Pilotos de Linhas Aéreas disse, na comissão de inquérito, que “sempre houve um certo desnorte” nos planos a médio e longo prazo da TAP.
O dirigente do Sindicato Independente de Pilotos de Linhas Aéreas (SIPLA) previu esta quinta-feira uma operação de verão na TAP mais complicada do que o normal e considerou que “sempre houve um certo desnorte” nos planos a médio e longo prazo.
“Achamos que vai ser um verão complicado, sem dúvida nenhuma, mais complicado do que é normal”, afirmou João Leão, em resposta ao deputado social-democrata Paulo Moniz, na comissão de inquérito à TAP, sobre a falta de trabalhadores na companhia aérea.
Ainda questionado por Moniz sobre a reversão dos cortes salariais, João Leão disse que o sindicato já fez contactos sobre o tema, mas a resposta da tutela foi de que tal “só será possível com a celebração de novos acordos de empresa”. Para o dirigente do SIPLA, que representa os pilotos da Portugália, comprada pela TAP em 2007, “sempre houve um certo desnorte naquilo que é um plano a médio e longo prazo da TAP, incluindo a Portugália nesse plano”.
O SIPLA entende que deve ficar definido, “de uma vez por todas”, se a Portugália “é TAP a 100%” ou se é para utilizar como parceiro, respondeu ao deputado comunista Bruno Dias. Questionado pela deputada bloquista Mariana Mortágua sobre constrangimentos no aeroporto de Lisboa, gerido pela ANA/Vinci, o sindicalista admitiu que há preocupações relacionadas com a atuação da gestora de aeroportos, relativamente à atribuição de mangas para embarque e desembarque a outras companhias aéreas, apesar de a TAP ter a maioria dos slots (faixas horárias) na Portela.
“Faria todo o sentido haver aqui algum tratamento diferenciado, para haver melhor gestão da operação. Nós não sabemos se é falta de pagamento, ou pagamento a mais das outras companhias. Não sabemos. A operação torna-se muito mais fácil quando o ground handling é feito através de mangas”, explicou.
Já questionado sobre a Ryanair, João Leão considerou que as companhias de baixo custo “são concorrência feroz” para as transportadoras tradicionais e, neste sentido, a Portugália poderia ser uma possível concorrência às low cost nos voos ponto a ponto. “Mas para isso, se calhar, teria de se trocar a frota para ter aviões mais capazes de concorrer contra essas companhias”, admitiu.
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