“Ataque” da OPEP aos EUA vai subir preços em 10 dólares
Apesar do preço do crude ter atingido mínimos de mais de uma semana, o Citigroup aposta numa subida de 10 dólares até ao final do ano. OPEP só terá que estender o prazo de corte na oferta.
O aumento de produção de petróleo nos EUA é uma “nuvem negra sobre o mercado”, sendo responsável por um travão nos preços. O barril está a negociar em mínimos de uma semana, isto apesar dos cortes de produção seguidos à risca pelos países que fazem parte do cartel responsável por 40% do petróleo mundial. A OPEP irá retaliar, acredita o Citigroup, apostando num aumento de 10 dólares no preço do barril até ao final do ano.
O West Texas Intermediate (WTI), negociado no mercado norte-americano, estava a cotar nos 52,82 dólares. Em Londres, mercado que serve de referência para Portugal, o Brent estava a cotar nos 54,79 dólares (com uma valorização de 0,16%), recuperando dos mínimos de mais de uma semana registados nas últimas sessões.
Os preços do petróleo têm-se mantido sob pressão devido ao crescimento da oferta da matéria-prima nos EUA. Um aumento que está a travar os intentos da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) que tem cumprido com os cortes de produção anunciados para acabar com o excesso de petróleo no mercado e, assim, puxar pelas cotações.
O Citigroup acredita que perante a resiliência dos produtores de petróleo norte-americanos, a OPEP irá agir. Ou seja, o cartel acabará por anunciar que o corte vai ser prolongado, o que vai levar a uma subida expressiva dos preços. O banco de investimento norte-americano prevê que no final do quarto trimestre o preço do barril se fixe numa média de 62 dólares no WTI e de 65 dólares no Brent. Ou seja, 10 dólares acima dos níveis atuais.
Tanto o Citigroup como o Goldman Sachs acreditam que este ano é “claramente o mais saudável para o setor [petrolífero] desde o início da década”, na sequência do acordo dos países da OPEP para cortar a produção. Na ótica destes bancos de investimento, o setor recuperará facilmente com uma simples extensão do acordo até ao final do ano.
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