Crise política? Instituições devem “honrar esforço” dos portugueses, apela Centeno

"Crise não rima com estabilidade", disse Centeno, apelando a que as relações institucionais – referindo-se à crise entre Marcelo e Costa –honrem o esforço de quem contribuiu para os bons resultados.

Questionado sobre a recente crise política entre o primeiro-ministro e Presidente da República, o governador Mário Centeno afirmou que “não há crise que ajude na estabilidade” e apelou às instituições que “honrem o esforço” de quem contribuiu para os bons resultados económicos do país nos últimos anos.

O governador do Banco de Portugal deu o exemplo italiano, onde “as previsões tem sido sistematicamente revistas em alta face ao que era a primeira visão dos resultados económicos”.

“Em Portugal tem acontecido a mesma coisa. Não podemos falhar a quem fez o esforço para conseguir estes resultados”, acrescentou na apresentação do Relatório de Estabilidade Financeira, isto para apontar logo de seguida que: “As políticas, os critérios de estabilidade e todas as relações institucionais no país têm de ser dirigidas para honrar esse esforço”.

Segundo Centeno, esses resultados foram conseguidos pelas “famílias, empresas, os bancos, e Estado ao longo dos últimos anos e não no último semestre”.

Lembrou ainda como a coordenação entre instituições ajuda a vida dos cidadãos, como aconteceu durante a pandemia, em que a política monetária e orçamental foram coordenadas. E isso resultou num aumento da confiança e de aprovação dos europeus em relação à moeda única.

Foram “as instituições a trabalhar a favor dos cidadãos”, sendo que isto “é verdade na Zona Euro e é verdade nos países”, frisou.

Centeno desabafou depois, mas sem concretizar, que “às vezes parece que nos cansamos de fazer as coisas bem e que os bons resultados cansam a algumas pessoas”. “Eu acho que isso é um erro”.

Terminou a sua resposta à pergunta dizendo que “a palavra crise não rima com estabilidade”.

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