Portugal tem “responsabilidade extra” de preservar o oceano, diz Francisco Lufinha

  • Capital Verde
  • 16 Maio 2023

Francisco Lufinha já atravessou o oceano Atlântico de 'kiteboat'. Entre o relato de várias experiências em alto mar, o desportista fala da necessidade de preservação dos oceanos.

Para o kitesurfer Francisco Lufinha, a primeira palavra que surge quando pensa no oceano é o adjetivo “azul”. “Quando estamos no meio do mar, longe de terra, a cor do oceano é mais azul, pela profundidade e por haver menos poluição… embora cada vez haja mais”, partilha.

Esta reflexão foi feita como orador convidado do programa Conversas com Energia, uma iniciativa da Fundação EDP, em parceria com a Novo Verde e ERP Portugal, da qual o Eco/Capital Verde é media partner. Lufinha falava para os alunos do 10º e 11º ano do agrupamento de escolas da Baixa da Banheira, no dia 11 de maio.

O kitesurfer assinalou que 97% de Portugal é mar, pelo que entende que o país tem uma “responsabilidade extra de liderar e conseguir preservar” este recurso. Além disso, há várias razões que sustentam a importância do oceano para a vida humana.

Em primeiro lugar, Francisco Lufinha aponta que metade do oxigénio que compõe o ar que respiramos vem do oceano, onde é produzido pelas algas. Ao mesmo tempo, estas águas ajudam a regular a temperatura do planeta. É também nelas que encontramos alimento, como o peixe, embora, sublinha, devam existir cuidados quanto ao tamanho do peixe que se pesca e se come, para que as espécies consigam reproduzir-se. Por fim, o oceano faz parte do ciclo da água, a mesma que constitui grande parte do corpo humano e da qual precisamos para viver.

“Se tratamos mal o oceano, ele continua cá. Nós, homens e animais, é que ‘vamos à vida’”, concluiu.

Francisco Lufinha é detentor do recorde mundial da maior viagem de kitesurf sem paragens, alcançado em 2015 entre Lisboa e a Madeira. Em 2021, num projeto desenvolvido em parceria com a EDP, atingiu um novo recorde mundial, ao ser o mais rápido a atravessar o Atlântico sozinho num kiteboat, entre as Canárias e as Caraíbas, movido apenas com a energia do vento e do sol.

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