Governo espera reforço de verbas para os bairros digitais
Secretário de Estado da Digitalização e da Modernização Administrativa anuncia que "a meio do ano” Portugal deverá receber reforço de “mais de 30% dos 50 milhões de euros” para os bairros digitais.
O secretário de Estado da Digitalização e da Modernização Administrativa anunciou esta segunda-feira “que a meio do ano” Portugal deverá receber, da União Europeia, um reforço de “mais de 30% dos 50 milhões de euros” inicialmente destinados aos bairros digitais.
“Nós apresentamos uma proposta que vai para além dos 30% da proposta inicial que era de 50 milhões de euros para os bairros de comércio digital“, afirmou Mário Campolargo.
O secretário de Estado da Digitalização e da Modernização Administrativa, que falava aos jornalistas no final da apresentação Agenda Viana Digital, adiantou “que a meio deste ano possa estar concluído todo o esforço que Portugal está a acrescentar ao Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), especialmente no digital”.
Os projetos dos bairros comerciais digitais do PRR visam fomentar a coesão territorial e destinam-se a autarquias, empresas municipais e associações locais.
Os bairros comerciais digitais “são definidos como espaços urbanos contíguos, delimitados geograficamente, com elevada densidade de estabelecimentos de comércio e de prestação de serviços, incluindo HORECA [hotelaria, restauração e cafés], com uma estratégia comum de gestão suportada num ambiente tecnológico avançado”, pode ler-se no portal de perguntas frequentes disponível no ‘site’ do IAPMEI – Agência para a Competitividade e Inovação.
O presidente da Câmara de Viana do Castelo adiantou que a Agenda Viana Digital, que contempla 28 medidas, vai entrar em discussão pública após ser submetida a reunião camarária.
O documento propõe medidas nas áreas da vida urbana, mobilidade e energia, economia e trabalho, conhecimento e educação, cultura e criatividade, desporto e vida saudável e respostas sociais e, cria o conceito de espaços digitais descentralizados nas freguesias.
“Queremos construir uma agenda que seja interpretada e receba os contributos de todos, desde instituições, juntas de freguesia, tecido empresarial e sociedade civil, e que seja assimilada por todos”, sublinhou Luís Nobre.
O secretário de Estado da Digitalização e da Modernização Administrativa destacou os projetos apresentados na sessão, já em funcionamento, como o Sirene, numa parceria entre a Câmara, a PSP e os bombeiros que utiliza georreferenciação para mapear os acidentes de viação que ocorrem na cidade e que permite “fazer a gestão urbana de forma mais validada por dados”, e disse que o objetivo é estender esse trabalho “ao consumo da água, eletricidade e a todos os ramos da atividade pública local”.
“Este mapeamento permite uma leitura rápida de toda a situação. Se isso for replicado por outras zonas do país termos um mapeamento nacional nas várias áreas”, disse Mário Campolargo, que classificou Viana do Castelo como um concelho “precursor no generalizar de plataformas digitais”, apontando a área do urbanismo, onde há 13 anos é possível submeter os projetos urbanísticos através do digital.
Apontou ainda a Viana + Acessível, uma aplicação móvel desenvolvida em articulação entre o Instituto Politécnico de Viana do Castelo (IPVC) e o município.
Esta aplicação “pretende apoiar todos os cidadãos com mobilidade reduzida de forma temporária ou permanente, informando-os das rotas mais adequadas desde a sua localização atual até a um dado destino pretendido.
A aplicação “potencia uma mobilidade inclusiva e acessível na cidade de Viana do Castelo“, não só a pessoas com mobilidade reduzida, mas ainda aos turistas que visitam a cidade.
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