Lucros do Crédito Agrícola quase triplicam para 95,8 milhões de euros no primeiro trimestre

Além do crescimento extraordinário dos lucros, o banco liderado por Licínio Pina apresentou um aumento homólogo de 103,6% da margem financeira e uma rendibilidade dos capitais próprios de 18,4%.

A contínua subida das taxas de juro no mercado monetário continua a abrilhantar as operações dos bancos nacionais. O Crédito Agrícola não foge à regra. Os resultados do primeiro trimestre, publicados esta sexta-feira, revelam uma rendibilidade dos capitais próprios de 18,4% e lucros de 95,8 milhões de euros, cerca de 2,6 vezes acima do montante alcançado há um ano.

A sustentar este desempenho esteve um crescimento de 59,5% do produto bancário core para 214,5 milhões de euros que foi gerado, sobretudo, à conta de um aumento de 103,6% da margem financeira (diferença entre taxa de juro sobrada nos empréstimos e a taxa de juro paga nos depósitos) para 153,4 milhões de euros.

Além disso, as contas do banco liderado por Licínio Pina revelam um aumento de 16,7% das comissões líquidas para 38,8 milhões de euros, “com origem nas comissões interbancárias, de crédito e de gestão de contas”, revela o banco em comunicado.

“É importante referir que os resultados líquidos obtidos no primeiro trimestre de 2023 refletem a atual situação económica e as condições de mercado, mais positivas do que era expectável, e que vieram impulsionar, de uma forma mais rápida, os níveis de crescimento sustentáveis que temos vindo a apresentar, ano após ano”, escreve o banqueiro no mesmo documento.

O Crédito Agrícola revela ainda que, entre janeiro e março, a carteira de crédito bruto de clientes do grupo registou uma redução de 0,7% face a dezembro de 2022 para 11,9 mil milhões de euros, “o que representa uma quota de mercado em crédito concedido a clientes de 5,65%.”

Ao nível dos recursos de clientes, o banco refere que, em março, agregava depósitos num valor global de 19,7 mil milhões de euros, menos 3,3% face a dezembro, que se traduziu numa saída de 666 milhões de euros. No entanto, sublinha que os recursos de clientes em seguros de capitalização e fundos de investimento comercializados pelo grupo aumentaram 0,4% face a dezembro, para cerca de 2 mil milhões de euros.

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