Exclusivo Dinamarquesa Pleo muda-se para novo escritório no verão e está a recrutar
Até ao final do ano, a Pleo quer aumentar de 100 para 150 o número de colaboradores em Portugal. Apesar da abertura do hub em Madrid, a aposta em Lisboa mantém-se, garante a fintech dinamarquesa.
Depois de abrir um hub em Madrid, que concentra as operações da Europa do Sul, incluindo Portugal, a dinamarquesa Pleo afasta um cenário de desinvestimento no mercado nacional. “O nosso hub de Lisboa está mais forte do que nunca”, garante Álvaro Dexeus, head of southern europe da Pleo, ao ECO Trabalho. A fintech, que propõe facilitar às PME (pequenas e médias empresas) e microempresas o registo de despesas, prepara-se para no verão mudar-se para um novo escritório em Lisboa e, até ao final do ano, aumentar o número de colaboradores dos atuais cerca de 100 para 150.
Madrid foi escolhido como centro de operações para todo o sul da Europa — responsável pelos mercados espanhol, italiano, francês e português — pela fintech dinamarquesa (conteúdo em espanhol/acesso livre), mas Álvaro Dexeus afasta um cenário de perda de relevância do hub em Portugal, mercado onde a empresa, em julho do ano passado, afirmava querer posicionar Lisboa como “segundo maior escritório depois da Dinamarca”, em entrevista ao ECO.
Terá o hub de Lisboa perdido atratividade face a Madrid? “Não, em absoluto, o nosso hub de Lisboa está mais forte do que nunca. Já temos cá uma presença e estamos a investir em construir a nossa equipa e produto”, garante o head of southern europe da Pleo. “Estamos prestes a mudarmo-nos para um novo escritório no DP11 (na rua Duque de Palmela) que ocupa quatro andares, o que nos dará mais espaço para continuar a expandir a equipa”, reforça.
Chegar aos 150 até final do ano
Em julho do ano passado, a empresa tinha cerca de 70 colaboradores e, neste momento, já conta com cerca de uma centena de pessoas, um crescimento ocorrido mesmo após o lay-off de novembro do ano passado na Pleo, que levou à saída de 15% da força global. Portugal, garantiu na época fonte oficial, não tinha sido afetado pela decisão.
“Temos cerca de 100 pessoas já em Lisboa e estamos a contratar mais, o que, provavelmente, nos levará a uma capacidade de cerca de 150 pessoas sedeadas na cidade até ao final do ano”, adianta Dexeus.
Em cima da mesa mantêm-se os planos do escritório de Lisboa funcionar como uma Academia para a área de vendas da fintech. “Estamos no processo de mudança para o novo escritório. Metade da equipa já lá está”, diz. A data da mudança ainda não está fechada, mas “será durante o verão”.
“Até ao momento, cerca de 60 representantes de desenvolvimento de vendas (SDR) passaram pela academia em Lisboa, marcando para muitos deles o início da sua carreira nas vendas, abrindo caminho para que possam progredir para uma carreira de representantes de vendas”, diz o responsável para o sul da Europa da Pleo.
“Está a provar ser um grande sucesso, permitindo-nos até ao momento gerar cerca de 40% do nosso pipeline de vendas global através da equipa de SDR de Lisboa, criando uma pool de talento fantástica para outros cargos de vendas mais seniores”, diz.
Com a expansão da academia de vendas e a deslocalização de colaboradores, Lisboa é o segundo maior escritório da Pleo a nível mundial e estamos ainda a recrutar.
“Os primeiros SDR juntaram-se à Academia em abril, tendo o primeiro grupo já progredido este verão para cargos de executivo de contas, provando que o modelo está a funcionar e encorajando mais a companhia a investir na equipa”, continua Álvaro Dexeus.
“Estamos neste momento a contratar mais 20 SDR a se juntar à nossa equipa em Lisboa para cobrir a maioria dos nossos mercados core: Reino Unido e Irlanda; Alemanha; Espanha, países Nórdicos, França e Benelux”, revela.
“Com a expansão da academia de vendas e a deslocalização de colaboradores, Lisboa é o segundo maior escritório da Pleo a nível mundial e estamos ainda a recrutar”, refere Dexeus.
Perfis pretendidos
Procuram pessoas que sejam uma “boa adição para evoluir a cultura e valores que temos na Pleo. Trabalhamos com valores de confiança, transparência, humanidade e empreendedorismo. Estes são os valores que procuramos acima de tudo”, diz o responsável quando questionado sobre os perfis pretendidos.
“Estamos interessados em criar empregos locais mas também abrir oportunidades para o talento de todo o mundo para conhecer Lisboa e a sua qualidade de vida, contribuindo para o ambiente internacional e multicultural da cidade”, diz o head of southern europe da Pleo.
“Procuramos pessoas que falem várias línguas. Um profissional português que fale espanhol, italiano ou inglês é um candidato perfeito, permitindo à Pleo ser mais flexível no seu contacto com os seus clientes, já que temos clientes por toda a Europa. Estamos ainda à procura de pessoas interessadas em iniciar uma carreira na área comercial. O bom do programa da Academia de vendas é que estamos prontos a fornecer formação, por isso estamos à procura de candidatos que estejam dispostos a aprender, tragam energia e entusiasmo e respeitam e tragam valor à nossa cultura”, descreve.
“Fazer com que os colaboradores se sintam valorizados é absolutamente chave para o que somos enquanto negócio. Investimos continuamente nas nossas pessoas e isso é algo muito importante para nós”, garante Dexeus. Na Pleo cada colaborador tem um orçamento que pode usar de forma “flexível”, podendo decidir onde quer aplicá-lo, seja em novo equipamento, uma viagem ou dias de folga para trabalho de voluntariado ou um projeto pessoal. “Temos ainda orçamentos formação de skills“, exemplifica.
Mercado português cresce 500% no trimestre
Depois de no ano passado o foco ter sido a expansão para novos mercados — abriram em 10, “com Portugal a ser um mercado chave na expansão” — este ano a aposta é no “crescimento horizontal, para assegurar que temos os produtos certos e o melhor serviço para cada mercado”, diz.
Em Portugal, o mercado está “forte”. “À medida que o nosso produto é mais conhecido, estamos a ver muito interesse do mercado português. Temos visto um aumento de 500% do número de empresas a usar o sistema da Pleo em Portugal no primeiro trimestre quando comparado com o primeiro trimestre do ano passado“, revela Álvaro Dexeus, sem revelar dados mais concretos.
“Não nos surpreende já que em Portugal mais de metade das PME (55%) fazem o registo manual das despesas, causando um gasto de tempo, gerando erros, por isso vemos um enorme potencial para crescimento, já que a gestão das despesas é, hoje em dia, uma das tarefas que consomem tempo nas empresas portuguesas”, diz.
Scalpers, Sheraton e Odisseias são algumas das empresas que já trabalham com a fintech.
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