Mais de metade dos trabalhadores em Ciência e Tecnologia em Portugal são mulheres

A maioria dos trabalhadores no setor da Ciência e Tecnologia era mulheres. Uma realidade transversal à maioria dos Estados-membros, incluindo Portugal. Madeira e Açores lideram.

Em 2022, cerca de 76 milhões de pessoas na União Europeia com idades compreendidas entre os 15 e os 74 anos estavam empregadas na área das Ciências e Tecnologias, um aumento de 2,5% face ao ano anterior. A maioria dos trabalhadores neste setor, em linha com 2021, era mulheres. Uma realidade transversal à maioria dos Estados-membros, incluindo Portugal, onde cerca de 54% dos profissionais que trabalham em Ciências e Tecnologias são mulheres. A Madeira e os Açores merecem lugar de destaque, apontam os dados publicados esta sexta-feira pelo Eurostat.

No ano passado, 52% das pessoas empregadas em Ciência e Tecnologia na UE eram mulheres. E Portugal estava ligeiramente acima da média europeia, com uma representação feminina que rondava os 54%. Olhando mais detalhadamente, algumas regiões portuguesas registaram mesmo percentagens superiores a 58%, o intervalo máximo representado. É o caso da Madeira (60%) e dos Açores (59%).

As percentagens mais elevadas foram observadas, contudo, na Lituânia e na ilha francesa de Córsega (ambas com 64%), seguidas da Letónia (63%).

Por outro lado, as percentagens mais baixas foram registadas na região italiana do noroeste (45%), seguida de Malta e das regiões italianas do sul e do nordeste (todas com 46%).

Mulheres sub-representadas entre cientistas e engenheiros

Entre a totalidade da mão de obra no domínio da Ciência e da Tecnologia, um subgrupo significativo é constituído por cientistas e engenheiros. Estes profissionais representavam quase um quarto (24%) de todas as pessoas empregadas no setor na União Europeia, o que se traduz num aumento de 3,6% em comparação com 2021. A Alemanha era o país onde se verificava o maior número de cientistas e engenheiros (mais de 3,5 milhões).

Apesar de as mulheres constituírem a maioria das pessoas empregadas em Ciência e Tecnologia, estavam sub-representadas neste grupo, representando apenas 41% do total de cientistas e engenheiros em 2022. Esta percentagem cresceu apenas dois pontos percentuais (p.p.) nos últimos dez anos (de 39%, em 2012, para 41%, em 2022).

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