Negócio fechado. UBS conclui compra do Credit Suisse
UBS já concluiu a compra do histórico rival e inicia agora um período de integração que deverá resultar na eliminação de milhares de empregos.
O banco suíço UBS concluiu oficialmente a aquisição do histórico rival Credit Suisse, iniciando um período de integração que deverá resultar na eliminação de milhares de postos de trabalho, noticia a Bloomberg.
“Concluímos a aquisição legal do Credit Suisse”, declarou o principal banco suíço, numa carta aberta publicada em vários jornais. A nova entidade inicia “um novo capítulo histórico”.
O negócio representa a maior fusão no setor bancário desde a grande crise financeira de 2008 e vai dar origem a um gigante da gestão de fortunas. A aquisição cria um megabanco como a Suíça nunca viu, uma dimensão que preocupa os políticos.
O UBS avançou para a aquisição do Credit Suisse há mais de dois meses, resgatando a instituição financeira em março, um mês de turbulência para a banca internacional causada pelo colapso de bancos nos EUA, como foi o caso do Silicon Valley Bank. O segundo maior banco do país não tinha resistido à perda de confiança, na sequência de vários escândalos de grandes dimensões e de uma má gestão dos riscos.
Para evitar a falência do Credit Suisse, o UBS aceitou, a 19 de março, comprar o Credit Suisse, sob pressão das autoridades, por três mil milhões de francos suíços (o equivalente em euros). Associada a esta fusão está uma garantia do governo suíço de nove mil milhões de francos, equivalente a cerca de 9,3 mil milhões de euros ao câmbio atual, contra potenciais perdas nos ativos do Credit Suisse.
A formalização desta união abre um grande projeto para o UBS, que, na carta aberta, sublinhou a forte cultura empresarial e a abordagem conservadora do risco, deixando claro que não fará “quaisquer compromissos”. As duas instituições contam atualmente com 120 mil trabalhadores em todo o mundo, 37 mil dos quais na Suíça.
(Notícia atualizada às 8h10 com mais informação)
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