Juros serão mais previsíveis após o verão, garante Centeno
Governador do Banco de Portugal adianta que taxas de juro vão manter-se em níveis restritivos “durante algum tempo”, mas serão mais previsíveis a partir deste verão.
Sem querer antecipar o que o Banco Central Europeu (BCE) vai decidir nas próximas reuniões, Mário Centeno adiantou que as taxas de juro vão manter-se em níveis restritivos “durante algum tempo”, mas frisou que, a partir do verão, a política monetária será mais previsível.
As taxas de juro “estão hoje em território restritivo” e “deverão manter-se, mas com alguma capacidade de previsibilidade adicional a partir do verão, nesse território restritivo durante algum tempo”, referiu o governador do Banco de Portugal na apresentação do Boletim Económico de junho.
“A grande vantagem é que a partir desse momento todos podemos começar a fazer as nossas contas com mais previsibilidade, porque a trajetória das taxas de juro torna-se mais previsível”, apontou.
O BCE aumentou esta quinta-feira os juros diretores na Zona Euro, com a taxa de depósitos a subir para 3,5%, o nível mais elevado em 22 anos. A presidente Christine Lagarde já anunciou que o banco central fará um novo aumento em julho, sendo que os mercados perspetivam outra subida em setembro, prevendo a taxa terminal nos 4%.
“As próximas reuniões do BCE são cruciais”, destacou Mário Centeno, lembrando que o contexto em que terão lugar será diferente do atual.
“Vamos saber a inflação de julho, como corre e quais as consequências que decorrem com a maturidade de um conjunto de instrumentos de cedência de liquidez das TLTRO. Vamos avaliar os indicadores de estabilidade financeira. A Zona Euro está em recessão técnica, estagnou”, contextualizou o líder do Banco de Portugal.
O conselho de governadores do BCE volta a reunir-se no final de julho e em meados de setembro.
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