Comissão Europeia lança segunda ronda para compra conjunta de gás com horizonte mais alargado
As empresas europeias têm agora o período de 26 de junho a 3 de julho para responder ao apelo à agregação da procura de gás, ao abrigo do mecanismo AggregateEU.
A Comissão Europeia lançou esta segunda-feira a segunda ronda para as empresas europeias registarem as suas necessidades de aquisição de gás através do mecanismo AggregateEU, tendo em vista a compra conjunta de gás natural no mercado internacional.
Esta segunda oportunidade acontece depois de a primeira ter reunido quase 11 mil milhões de metros cúbicos de procura agregada de gás na Europa, que foram cobertos com ofertas de fornecedores. Neste sentido, a Comissão considera que foi um primeiro exercício “bem-sucedido”.
As empresas europeias têm agora entre 26 de junho e 3 de julho para responder ao apelo à agregação da procura de gás. As necessidades coletivas serão, então, levadas a concurso no mercado mundial entre 7 e 10 de julho, para que os fornecedores internacionais possam apresentar as suas propostas para abastecer os clientes europeus.
Os potenciais compradores poderão apresentar as suas necessidades em gás a fornecer entre agosto de 2023 e março de 2025, um período mais alongado em comparação com a primeira ronda.
Na altura do lançamento da plataforma, fontes europeias indicaram ao ECO/Capital Verde que, até ao final de 2023, seriam abertas novas rondas de dois em dois meses, aproximadamente, a começar em abril. No entanto, sendo este um mecanismo temporário, não deveriam abrir novas vagas após o final de 2023 — poderiam, sim, subsistir contactos decorrentes do match entre oferta e procura de 2023, dado que a procura colocada pode dizer respeito a um horizonte de até 12 meses.
Isto prolongaria o dinamismo, mesmo sem a abertura de novas vagas, no limite, até ao final de 2024. As mesmas fontes avisavam que, para esta ferramenta “sobreviver” além de 2023, terá de ser identificado o propósito e muito provavelmente terá de ser redesenhada. Tal como está, provavelmente, não irá funcionar em paralelo com o mercado, defendiam.
A agregação da procura e a aquisição conjunta de gás é uma iniciativa criada para impulsionar a diversificação do aprovisionamento de gás da UE após a invasão da Ucrânia pela Rússia, que levou à decisão do bloco de pôr termo à dependência das importações de combustíveis fósseis da Rússia.
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