Médicos ameaçam com novas greves em julho e agosto

Sindicatos que representam os médicos lamentam que o Governo tenha voltado a não apresentar uma proposta formal relativamente aos aumentos salariais. Marcada nova reunião para amanhã.

Os sindicatos que representam os médicos lamentam que o Governo tenha voltado a não apresentar uma proposta formal relativamente aos aumentos salariais e, perante a falta de acordo, ameaçam com novas greves para julho e agosto. Ministério agendou uma nova reunião para sexta-feira, para discutir valores da revisão da grelha salarial e complemento associado à dedicação plena.

“Naquela que seria a última reunião negocial, o Ministério da Saúde voltou a não apresentar valores para as grelhas salariais nem uma proposta de dedicação para os médicos”, adianta o sindicato liderado por Joana Bordalo e Sá, que esteve reunido esta tarde com o Governo. A FNAM adianta ainda que foi marcada “uma última reunião negocial, para amanhã, sexta-feira, 30 de junho, pelas 15h00, no Ministério da Saúde, em Lisboa”.

Em declarações ao ECO, o secretário-geral do Sindicato Independente dos Médicos (SIM) adianta ainda que, na reunião desta quinta-feira, o Governo “apresentou finalmente um texto sobre as Unidades de Saúde Familiares (USF), tendo em vista que estas “deixem de ter quotas”, passando para o modelo B, um modelo organizativo dos centros de saúde que permite profissionais receberem incentivos mediante o cumprimento de determinados indicadores de produtividade.

Quanto à revisão das grelhas salariais e ao regime de dedicação plena, também Jorge Roque da Cunha lamenta que não tenha havido uma proposta concreta por parte da tutela, tendo sido agendada” uma nova reunião para 13h30 de amanhã”. Perante, a falta desta proposta, o SIM considera que o Executivo “veio adensar as nuvens já escuras”, pelo que “infelizmente tudo indica” que o sindicato vai avançar com uma greve “nos mês de julho”. A decisão será tomada no Conselho Nacional desta sexta-feira.

Por sua vez, a FNAM, que já convocou uma greve para 5 e 6 de julho, anunciou que “irá avançar com uma nova greve em agosto”. O sindicato liderado por Joana Bordalo e Sá lamenta ainda a “postura despreocupada do Ministério da Saúde”, acusando o Governo de repetir “sempre o mesmo filme, sem nenhuma novidade concreta”. Para este sindicato, um acordo só será possível se existir uma proposta que valorize os salários e melhore as condições de trabalho de todos os médicos, incluindo os médicos internos”, conclui.

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