Sem carros para o serviço, diretor da DGEG pediu donativos aos funcionários para comprar viatura (por “ironia”)
A Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG) enfrenta situação crítica de falta de viaturas e última aquisição data de 1999. Diretor-geral pediu donativos aos funcionários, mas diz que era "ironia".
O diretor-geral da Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG), João Bernardo, apelou aos funcionários para que contribuíssem num crowdfunding para comprar um automóvel para a frota, avançou o Observador. Entretanto, o responsável justificou que a iniciativa não passou de “ironia ” para evidenciar as dificuldades da organização, onde os atrasos num concurso para renovar a frota existente têm forçado a entidade a utilizar os carros dos funcionários para executar as tarefas de fiscalização e licenciamento.
João Bernardo reconheceu que o problema da falta de viaturas não é exclusivo da DGEG, mas destacou a situação crítica da instituição, cuja última viatura foi adquirida em 1999. O diretor-geral salientou a necessidade de uma solução que envolva a contratação de meios adequados e sublinhou as dificuldades burocráticas do sistema de aquisições da Administração Pública. Apesar de ter sido solicitado um concurso para a renovação da frota, o processo perdeu-se ao longo do tempo e o número de viaturas solicitadas foi reduzido. O limite para a aquisição de viaturas foi ainda reduzido para 20 mil euros, o que “possibilitará a compra de apenas duas ou três viaturas”.
Antes do esclarecimento do diretor-geral de Energia, uma fonte oficial do Ministério do Ambiente e Ação Climática, que tutela a DGEG, disse ao Observador não ter conhecimento da iniciativa e que só soube da sua existência quando foi questionada. Além disso, apontou não se identificar com a iniciativa, pois acredita que os constrangimentos nos serviços da Administração Pública não podem ser resolvidos dessa forma e defendeu que os problemas devem ser enfrentados através da contratação dos recursos adequados.
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