Inflação na OCDE abranda para 6,5% e renova mínimos de dezembro de 2021
A taxa de inflação nos 38 países da OCDE está a abrandar há sete meses consecutivos e em maio atingiu o valor mais baixo desde dezembro de 2021.
A taxa de inflação está a abrandar há sete meses consecutivos entre os países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE). Em maio, o índice de preços no consumidor entre os 38 países da OCDE figurou nos 6,51%, menos 86 pontos base face aos 7,37% registados em abril.
De acordo com dados divulgados esta terça-feira, é a primeira vez desde dezembro de 2021 que a taxa de inflação média dos 38 países da OCDE baixa dos 7% e é também o valor mais baixo dos últimos 17 meses.
“Entre abril e maio de 2023, a inflação diminuiu em todos os países da OCDE, exceto nos Países Baixos, na Noruega e no Reino Unido”, refere a OCDE em comunicado, destacando que “as taxas de inflação variaram entre menos de 3% na Costa Rica, na Grécia e na Dinamarca e mais de 20% na Hungria e na Turquia.”
Igualmente relevante é a contínua desaceleração da taxa de inflação subjacente no seio da OCDE que, em maio, alcançou os 6,92% (7,09% em abril), o valor mais baixo desde junho de 2022.
A puxar a inflação para baixo no mês de maio estiveram particularmente os preços da energia, que registaram uma queda homóloga média de 5,1% entre os países da OCDE — que compara com uma subida de 0,7% em abril.
Segundo o comunicado da OCDE, a taxa de inflação de bens energéticos foi negativa em 16 países da organização, “mas mantém-se acima dos 10% na Letónia, Itália, República Checa, Colômbia e Hungria.
Na componente de bens alimentares, a taxa de inflação homóloga permanece também em queda, tendo alcançado 11% em maio, após ter figurado nos 12,1% em abril. “Registaram-se descidas da inflação de bens alimentares em 34 países da OCDE”, lê-se no comunicado.
Entre as sete maiores economias do mundo (G7), a OCDE refere ainda que a inflação homóloga caiu para 4,6% em maio de 2023, face a 5,4% em abril, atingindo o seu nível mais baixo desde setembro de 2021.
“A inflação diminuiu em todos os países do G7, com exceção do Reino Unido, onde a inflação subiu, uma vez que a inflação subjacente continuou a aumentar.” Segundo a OCDE, as taxas de inflação mais baixas entre os países do G7 foram registadas no Japão e no Canadá, ambas abaixo de 3,5%.
“A inflação dos produtos alimentares e da energia continuou a ser o principal fator da inflação global em Itália, enquanto a inflação subjacente foi o principal fator de inflação em França, na Alemanha, no Japão, no Reino Unido e nos EUA”, lê-se no comunicado da OCDE.
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