População portuguesa incapaz de fazer refeição completa é menos de metade da média europeia
Percentagem dos habitantes em Portugal sem dinheiro para uma refeição substancial a cada dois dias era de 3% em 2022, menos de metade da média europeia, mas a mais elevada desde 2017.
Cerca de 3% da população em Portugal não tem dinheiro para fazer uma refeição substancial, ou seja, com carne, peixe ou um equivalente vegetariano, de dois em dois dias, revelam dados relativos a 2022 divulgados pelo Eurostat esta segunda-feira. A percentagem é menos de metade da média dos países da União Europeia (UE), que é de 8,3%, mas é a mais elevada desde 2017.
O gabinete de estatísticas europeu indica também a população em risco de pobreza, que era de 7,2% em Portugal no ano passado, percentagem que compara com uma média comunitária de 19,7%.
A média de pessoas em risco de pobreza na UE subiu face a 2021, ano em que era de 17,5%. A fatia da população que não tem capacidade financeira para fazer uma refeição de carne, peixe ou um substituto vegetariano também aumentou, passando de 7,3% para 8,3%.
Importa recordar que 2022 foi um ano marcado por uma inflação elevada, no rescaldo da pandemia e também devido à invasão russa da Ucrânia, que fez aumentar o custo de vida nos países europeus.
Portugal acaba por ter uma percentagem de população em risco inferior a países como Espanha, Alemanha, França e Itália, ficando apenas à frente dos países nórdicos Finlândia, Dinamarca e Suécia, bem como Chipre e Luxemburgo. Irlanda é o Estado-membro com uma fatia mais pequena da população em risco, de apenas 5%, sendo que só 1,4% dos habitantes não conseguem fazer uma refeição substancial.
Enquanto isso, os países com maior percentagem de população próxima de ficar em dificuldades situam-se no leste europeu. Na Bulgária, 44,6% da população está em risco de pobreza e 21,6% não tem capacidade para uma refeição completa a cada dois dias. Segue-se a Roménia (43% em risco de pobreza) e a Eslováquia (40,5%).
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