Sindicato diz que CEO da Altice reiterou respeito por direitos e garantias dos trabalhadores

  • Lusa
  • 17 Julho 2023

“Reiterou o respeito por todos os direitos e garantias e estabilidade social e laboral dos trabalhadores”, e “garantiu estabilidade e tranquilidade”, disse o dirigente sindical, Jorge Félix.

A presidente executiva (CEO) da Altice Portugal, Ana Figueiredo, reiterou esta segunda-feira numa reunião com os sindicatos, na sequência da “operação Picoas”, o “respeito por todos os direitos e garantias e estabilidade social e laboral dos trabalhadores”. Em declarações à Lusa, Jorge Félix, do Sindicato dos Trabalhadores do Grupo Altice em Portugal (STPT), disse que, na reunião, a CEO “confirmou que as empresas estão a ser objeto de investigação”.

“Reiterou o respeito por todos os direitos e garantias e estabilidade social e laboral dos trabalhadores”, e “garantiu estabilidade e tranquilidade”, disse ainda o dirigente sindical. Os sindicatos da Altice Portugal reuniram-se esta tarde com os representantes da administração da dona da Meo, na sequência da “operação Picoas”.

A Altice anunciou que o co-CEO, Alexandre Fonseca, suspendeu as suas funções no âmbito das atividades empresariais executivas e não executivas de gestão do grupo em diversas geografias, incluindo as posições de ‘chairman’ em diversas filiais. Os sindicatos querem a garantia de “estabilidade social e laboral” e que “os direitos dos trabalhadores sejam mantidos”, quer para os que estão no ativo, como os que estão em pré-reforma ou com suspensão do contrato.

Alexandre Fonseca deixou a presidência executiva da Altice Portugal em abril do passado, passando a ter funções executivas internacionais no grupo, acumulando com o cargo de ‘chairman’ na subsidiária portuguesa. É desde março chairman” da Altice USA.

A “operação Picoas”, desencadeada em 13 de julho, levou a três detenções, entre as quais a do cofundador do grupo Altice Armando Pereira, contou com cerca de 90 buscas domiciliárias e não domiciliárias, incluindo a sede da Altice Portugal, em Lisboa, e instalações de empresas e escritórios em vários pontos do país, segundo o Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) do Ministério Público (MP).

Esta foi uma ação conjunta do MP e da Autoridade Tributária (AT). Em causa, alegadamente, está uma “viciação do processo decisório do grupo Altice em sede de contratação, com práticas lesivas das próprias empresas daquele grupo e da concorrência”, que apontam para corrupção privada na forma ativa e passiva.

As autoridades consideram que a nível fiscal o Estado terá sido defraudado numa verba “superior a 100 milhões de euros”. Em 02 de junho de 2015, a Altice concluiu a compra da PT Portugal.

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