Bancos portugueses antecipam que procura por crédito vai continuar a abrandar
Apesar das perspetivas apontarem para um enfraquecimento da procura, nem por isso os bancos antecipam um alívio nos critérios de concessão de crédito nos próximos meses. Pelo contrário.
A subida das taxas de juro travou a procura por crédito da parte das famílias e empresas nos últimos meses. Uma tendência que irá prosseguir no futuro próximo, de acordo com as expectativas dos bancos, que deverão, ainda assim, voltar a apertar os critérios de concessão de crédito.
Em relação às empresas é esperada uma “diminuição da procura de empréstimos, em particular por PME e empréstimos de longo prazo”, de acordo com o Inquérito aos Bancos sobre o Mercado de Crédito, revelado esta terça-feira pelo Banco de Portugal.
Quanto às famílias, a expectativas do setor apontam para uma “ligeira diminuição da procura de crédito” tanto para a aquisição de habitação como para o consumo.
Há meses que os bancos se deparam com um abrandamento acentuado do crédito à economia, dada a situação de maior incerteza provocada pela subida das taxas de juro e pela escalada dos preços. Nas empresas, registou-se já uma contração de 2,3% em maio em comparação com o mesmo período do ano passado, enquanto o crédito à habitação está a desacelerar há dez meses, de acordo com os últimos dados do supervisor.
Apesar de as perspetivas apontarem para um enfraquecimento da procura, nem por isso os bancos antecipam um alívio nos critérios de concessão de crédito nos próximos meses. Pelo contrário, ainda que o aperto será ligeiro. Os critérios vão se tornar “ligeiramente mais restritivos para PME e transversal à maturidade dos empréstimos”, indica o inquérito à banca. Nos particulares, haverá um “aumento muito ligeiro da restritividade no crédito ao consumo e sem alterações no crédito à habitação”.
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