Saiba quanto ganham os gestores mais bem pagos do PSI-20
António Mexia levou para casa, em 2016, mais de dois milhões de euros de salário, o que o torna no gestor mais bem pago da bolsa. Saiba quanto ganham os restantes nove CEO mais bem pagos do PSI-20.
Em 2016, os gestores de 14 cotadas do PSI-20 receberam conjuntamente mais de 12 milhões de euros em remunerações. O mais bem pago foi António Mexia que amealhou, entre remunerações fixas e variáveis, mais de dois milhões de euros. Mas mesmo entre os gestores mais bem pagos da bolsa nacional existem bastantes discrepâncias. A título de exemplo, Paulo Fernandes, presidente executivo da Altri, recebeu apenas 19% do total amealhado pelo seu homólogo da EDP.
Abaixo conheça mais em pormenor, quanto recebeu cada um dos 10 gestores do PSI-20 mais bem pagos, do universo de 14 cotadas do índice bolsista nacional que já divulgaram os seus relatórios de Governo das Sociedades relativos a 2016.
10º Paulo Fernandes (Altri) — 392 mil euros
Cabe ao CEO da Altri fechar o ranking dos dez CEO do PSI-20 mais bem pagos do índice PSI-20. Em 2016, Paulo Fernandes recebeu um total de 392 mil euros em remunerações. Este valor corresponde a 19% do total auferido por António Mexia, que foi o presidente executivo do PSI-20 mais bem pago no ano passado. Em termos globais, a equipa de gestores da papeleira auferiu quase 1,5 milhões de euros no ano passado.
9º Paulo Azevedo (Sonae) — 623 mil euros
O co-CEO da Sonae ocupa o penúltimo posto entre os dez presidentes executivos do PSI-20 mais bem pagos. Paulo Azevedo recebeu um total de 623 mil euros de remunerações, em 2016. Ainda assim, o líder da holding sofreu um corte de 29,7% face ao valor que tinha amealhado no ano anterior: a maior redução entre o universo de cotadas do índice de referência da bolsa nacional consideradas. Já a equipa de gestores da Sonae recebeu menos 14%, como um todo, com o valor a fixar-se em perto de 1,7 milhões de euros, em 2016.
8º Luís Paulo Salvado (Novabase) — 722 mil euros
Os 722 mil euros de remunerações recebidos por Luís Paulo Salvado no ano passado, tornam-no no oitavo CEO do PSI-20 mais bem pago no ano passado. O valor recebido pelo presidente executivo, em 2016, cresceu 37,2% face ao verificado no ano anterior. Já a equipa de gestores da empresa tecnológica cresceu menos, em termos globais: 17,27%, para um total um pouco acima de um milhão de euros.
7º Miguel Almeida (Nos) — 876 mil euros
Miguel Almeida auferiu um total de 876 mil euros em remunerações no ano passado, o que o torna no sétimo presidente executivo mais bem pago entre um universo de 14 cotadas do PSI-20. O gestor viu assim o seu salário aumentar em 13,9% face ao valor recebido no ano anterior. Esta subida fica ainda assim aquém tendo em conta o aumento de 75,9%, para cerca de 3,9 milhões de euros, da remuneração global recebida pela equipa de gestores da Nos no ano passado. Esta subida resulta do alargamento da equipa de gestão da telecom.
6º Francisco de Lacerda (CTT) — 925 mil euros
O presidente executivo dos CTT viu o seu salário registar uma queda muito ligeira no ano passado — -1,9% –, mas que não o impediu de se manter entre mais bem pagos do índice PSI-20. No ano passado, Francisco de Lacerda arrecadou em remunerações um total de 925 mil euros. A equipa de gestores da empresa de serviços postais também recebeu menos como um todo. Amealharam quase 3,5 milhões de euros, menos 5,52% face ao valor auferido em 2015.
5º João Castello Branco (Semapa) — 1,121 milhões de euros
O CEO da Semapa é foi o quinto mais bem pago do PSI-20 no ano passado. João Castello Branco recebeu um total de mais de 1,1 milhões de euros de remuneração. O CEO da holding de Pedro Queiroz Pereira foi também o que mais viu o salário aumentar em 2016. Mais em concreto: 220,4%. Bem mais curto foi o crescimento global das remunerações da equipa de gestão da Semapa, que cresceu no ano passado 14,68%, para um total de mais de 5,5 milhões de euros.
4º Pedro Soares dos Santos (Jerónimo Martins) — 1,269 milhões de euros
Pedro Soares dos Santos recebeu, em 2016, perto de 1,3 milhões de euros em salário, quantia que o torna no quarto CEO mais bem pago do PSI-20. A remuneração recebida pelo presidente executivo da Jerónimo Martins cresceu 46%, no ano passado. Tendência oposta foi a verificada nos salários da restante equipa de gestores da retalhista. Esta caiu perto de 37%, para os 1,4 milhões de euros, de 2015 para 2016.
3º João Manso Neto (EDP Renováveis) — 1,494 milhões de euros
O presidente executivo da empresa de energias renováveis recebeu no ano passado um total próximo dos 1,5 milhões de euros, em remunerações, valor que foi pago pela casa-mãe EDP. O total amealhado por João Manso Neto, cresceu 49% face à remuneração recebida no ano anterior. Em termos globais, o salário dos gestores da EDP Renováveis ascendeu a 773 milhões de euros, em 2016. Mais 12,11% em comparação com as quantias distribuídas no ano anterior.
2º Carlos Gomes da Silva (Galp Energia) — 1,621 milhões de euros
Carlos Gomes da Costa ocupa a segunda posição entre os CEO do índice PSI-20 mais bem pagos. No primeiro ano completo na presidência executiva da petrolífera, recebeu um total de 1,621 milhões de euros. Ou seja, mais 19% face à remuneração auferida em 2015. O seu salário teve uma tendência oposta à da sua equipa de gestores, que em termos globais viu a sua remuneração baixar mais de 17%, para os 5,5 milhões de euros, face a 2015.
1º António Mexia (EDP) — 2,036 milhões de euros
O CEO da elétrica continua a ser o mais bem pago entre gestores das cotadas do PSI-20. Em 2016, António Mexia recebeu mais de dois milhões de euros entre remunerações fixa e variável. Ou seja, mais 11,8% face ao valor que recebeu no ano anterior. Caso cumpra com os objetivos traçados pela elétrica, António Mexia pode ver o valor da remuneração subir para 2,6 milhões de euros. Já a equipa de gestores da elétrica recebeu como um todo perto de 11 milhões de euros de remunerações no ano passado.
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