PSI com potencial de valorização de 29% nos próximos 12 meses
Depois de já ter oferecido ganhos de 8% este ano, os analistas atribuem um potencial de subida de mais 29% para o PSI. Semapa, Mota-Engil e Ibersol são os títulos com maior potencial de valorização.
As bolsas europeias estão a ter um ano positivo, com os principais índices acionistas a contabilizarem ganhos médios acima dos 8%. Entre as 600 maiores empresas europeias presentes no índice Stoxx Europe 600, por cada três que têm perdas, contam-se dez companhias com ganhos.
No PSI, que até ao momento acumula uma valorização mais modesta, de 4,4% desde o início do ano (ou 7,9% contabilizando os dividendos distribuídos), a divisão entre vencedores e perdedores em 2023 é mais equilibrada: entre as 16 empresas do principal índice da Euronext Lisboa, há oito que, desde o início do ano, foram capazes de oferecer ganhos aos seus acionistas, enquanto outras tantas fizeram exatamente o oposto. Mas, segundo as previsões dos analistas, o mais certo é os ganhos acabarem por encher a praça portuguesa nos próximos meses.
De acordo com os cálculos realizados do ECO, com base nos preços-alvo para as 16 ações do PSI e o peso que cada empresa tem no índice, o otimismo dos analistas é espelhado com um potencial de valorização de 29,3% para o principal índice da Euronext Lisboa, apontando para que passe dos atuais 5.979 pontos para 7.732 pontos nos próximos 12 meses.
No entanto, Vítor Madeira, analista da XTB, revela alguma prudência quanto ao desempenho do PSI até ao final do ano. “O índice deverá manter-se lateral com alguma tendência positiva em linha com o resto dos índices europeus, assumindo que não temos nenhum choque externo (como crise bancária, guerras, epidemias, etc.)”.
Entre as empresas com maior potencial de valorização para os próximos 12 meses (período para o qual é definido os preços alvo dos analistas) há quatro com margem para subirem mais de 50% face ao preço de fecho de quarta-feira: Semapa (72,8%), Mota-Engil (61,3%), Ibersol (55,4%) e Greenvolt (50,7%).
Para Vítor Madeira, as empresas que mais poderão valorizar serão aquelas com “maior exposição a países em forte crescimento / desenvolvimento e que já vêm a mostrar elevados níveis no que toca a métricas fundamentais de crescimento (lucros, receitas e margens operacionais)”. O analista da XTB aponta, assim, à Jerónimo Martins, ao BCP e à Mota-Engil. Desde o início do ano, acumulam ganhos para a carteira dos seus acionistas de 23,8%, 63,7% e 115,7%, respetivamente.
O otimismo entre os analistas é tão grande que 12 das 16 empresas do PSI apresentam atualmente uma recomendação de “compra” ou de “forte compra” por parte de 50% ou mais dos analistas que acompanham as ações.
É, por exemplo, o caso da Greenvolt: dos oito analistas que seguem esta empresa de energias renováveis, seis recomendam “comprar” e dois têm uma recomendação de “forte compra” para as suas ações, que registam até ao momento uma desvalorização de 21,9%.
O otimismo dos analistas é também reforçado pela generalizada revisão em alta dos preços-alvo face há três meses: apenas quatro empresas viram os preços alvo para as suas ações baixar entre maio e agosto.
A revisão em baixa mais relevante por parte dos analistas é visível sob os títulos da Altri, que apesar de contarem atualmente com um potencial de valorização de 31% para os próximos 12 meses, o preço-alvo para os títulos da empresa industrial é agora 16,6% inferior ao que os analistas apontavam a 1 de maio, de acordo com dados compilados pela Refinitiv.
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