Só a Polónia superou Portugal na subida do PIB per capita no arranque do ano

Apesar de ser um dos países da OCDE com maior crescimento do PIB per capita no primeiro trimestre, Portugal é também um dos países em que as famílias mais viram os seus rendimentos cair neste período.

Há oito trimestres consecutivos que Portugal regista um crescimento do PIB per capita. No primeiro trimestre voltou a registar-se esta dinâmica, com a riqueza por habitante a subir 1,7%, colocando Portugal na segunda posição do ranking dos países da OCDE com o maior crescimento do PIB per capita neste período. É apenas superado pela Polónia.

No entanto, isso reflete-se pouco no bolso das famílias. De acordo com dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), divulgados esta quinta-feira, o rendimento real das famílias portuguesas contraiu 0,5% entre janeiro e março. Entre os 23 países com dados recolhidos pela OCDE, apenas sete registaram uma contração maior que Portugal neste indicador e no mesmo período.

Segundo dados da OCDE, as famílias destes 23 países contabilizaram um crescimento dos seus rendimentos reais de 0,9% no primeiro trimestre, excedendo o crescimento de 0,3% do PIB per capita. “Este é o terceiro trimestre consecutivo em que o rendimento real das famílias per capita cresceu na OCDE e o maior aumento trimestral desde o primeiro trimestre de 2021, quando os rendimentos foram impulsionados por programas de assistência relacionados com a pandemia”, refere em comunicado.

A dinâmica de Portugal é outra. No último ano, apenas por uma ocasião — no último trimestre de 2022 – os rendimentos reais das famílias portuguesas tiveram um aumento. E também foi numa única vez que registaram uma taxa de crescimento acima da taxa de crescimento do PIB per capita, o que aconteceu precisamente no mesmo trimestre.

Além disso, os dados divulgados esta quinta-feira revelam ainda que, entre janeiro e março deste ano, os rendimentos reais das famílias nacionais foram 7,7% inferiores à média dos rendimentos reais das famílias dos países da OCDE.

Apesar de ainda distante, o fosso de rendimentos é hoje metade do que era em 2021, quanto os rendimentos reais das famílias nacionais eram 15% inferiores aos rendimentos das famílias da OCDE. E há um ano, no primeiro trimestre de 2022, a diferença era de 7,8%.

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