Preço do gás sobe quase 4% e negoceia perto de 37 euros por MWh
As ameaças de greve dos trabalhadores de três fábricas de GNL na Austrália, que exigem salários mais elevados e maior segurança no emprego, foram o gatilho para os recentes aumentos dos preços do gás.
Os preços do gás natural na Europa continuam a aumentar face a receios de potenciais interrupções no fornecimento global de gás natural liquefeito (GNL) proveniente da Austrália, onde três grandes fábricas, exploradas pela Woodside Energy e a norte-americana Chevron, ameaçam fazer greve.
Pelas 9h28 desta segunda-feira, o contrato de gás TTF para entrega em setembro, negociado em Amesterdão e que serve de referência para o mercado europeu, está a valorizar 3,47% para 36,52 euros por megawatt-hora (MWh), de acordo com a base de dados Barchart. Nos últimos cinco dias, esta matéria-prima acumula ganhos de 19,58%.
Evolução do preço do gás nos últimos três meses
A Woodside e a Chevron estão atualmente em negociações com os sindicatos dos trabalhadores das instalações australianas de GNL, que exigem salários mais elevados e maior segurança no emprego, sendo ainda incerta a forma que uma eventual greve poderá assumir.
Embora os níveis de armazenamento de gás estejam perto da capacidade máxima na Europa, este aumento dos preços evidencia a crise energética que afeta o continente há quase dois anos. Ainda que os fornecimentos australianos de GNL não estejam a fluir diretamente para a Europa, a União Europeia (UE) tornou-se mais dependente das cargas globais desta matéria-prima para substituir os fornecimentos de gás russo que foram cortados desde a invasão russa da Ucrânia.
Os analistas alertaram para o facto de os mercados continuarem a desconfiar de potenciais ruturas de abastecimento, mesmo com os preços a permanecerem abaixo dos máximos históricos atingidos no verão passado. A UE, o maior importador mundial de GNL no ano passado, continua a enfrentar riscos “significativos” de perda de gás.
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