New York Times regista recorde de subscrições digitais
O New York Times tem novo fôlego graças à versão digital. No primeiro trimestre ganhou mais de 300 mil subscritores, um número histórico para o meio.
Apelidado de “decadente” pelo presidente Donald Trump, o jornal norte-americano New York Times ganhou novo fôlego com a versão online — e com o novo presidente — e registou um recorde de novos subscritores no primeiro trimestre deste ano. Com um aumento de 308 mil, o jornal atingiu a meta dos 2,2 milhões de subscritores.
“Estes resultados mostram a força atual e o futuro potencial da nossa estratégia digital, não só para atingir uma maior audiência, mas também para apresentar receitas substanciais”, considera Mark Thompson, presidente do New York Times. “Somámos umas fantásticas 308 mil subscrições que fizeram do primeiro trimestre o melhor trimestre de crescimento de subscritores da nossa história.”
Com estes novos assinantes, o jornal norte-americano conseguiu aumentar as receitas com subscrições digitais para 75,8 milhões de dólares, um valor justificado não só pelo esforço e prestígio do jornal, mas também pelo já chamado “Trump Bump”, ou seja, os constantes ataques aos meios das “notícias falsas”, que acabam por ser publicidade gratuita. O jornal conseguiu assim reverter o ciclo de perdas que registava no mesmo período de 2016, tendo passado de 13,5 milhões dólares em prejuízos para 13,1 milhões em lucros.
"Estes resultados mostram a força atual e o futuro potencial da nossa estratégia digital não só para atingir uma maior audiência, mas também para apresentar receitas substanciais.”
Ameaçado pelo decréscimo de vendas da versão impressa, o jornal de referência viu-se obrigado a adotar uma nova estratégia, esta que inclui chegar às audiências mais novas através do estabelecimento de parcerias com serviços online como o Spotify ou o Snapchat. Enquanto as receitas de publicidade no papel caíram 18%, as receitas na versão online compensaram, expandindo 19%.
“As receitas de publicidade digital cresceram 19% em termos homólogos, uma prova da nossa decisão de apostar no conteúdo móvel, no conteúdo pago e numa gama mais ampla de serviços de marketing, e do nosso foco na inovação”, justifica Mark Thompson. O jornal prevê ainda que esta tendência de crescimento se mantenha no próximo trimestre.
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