Wall Street fica no vermelho sem surpresas da Fed
Bancos norte-americanos evidenciaram-se pela positiva mas o dia acabou com perdas para os principais índices de Wall Street, com os investidores a digerirem decisão da Fed e resultados da Apple.
Sem surpresas, a Reserva Federal norte-americana decidiu manter os juros, desvalorizando o abrandamento da maior economia do mundo no arranque do ano, num sinal de que deverá manter o rumo da política monetária prevista para este ano e que deverá passar por mais dois aumentos das taxas diretoras.
Neste cenário, apesar de Wall Street ter encerrado em terreno negativo, o setor financeiro fechou acima da linha de água, uma vez que os bancos são os principais beneficiados num ambiente de juros mais elevados. O JPMorgan Chase subiu 0,58% para 87 dólares. O Goldman Sachs ganhou 0,53%.
Ainda assim, o dia acabou com perdas generalizadas nos principais índices norte-americanos, que se mantém perto de máximos históricos. O índice de referência mundial S&P 500 cedeu 0,14% para 2.387,96 pontos, ao mesmo tempo o tecnológico Nasdaq caiu 0,34%. Já o industrial Dow Jones evitou as quedas, tendo encerrado em alta de 0,03%.
“A Fed está a comunicar o seu mantra de subida de juros”, referiu Ryan Sweet, economista senior da Moodys. “A próxima vez que deverão fazê-lo será em junho”, sublinha este especialista. Neste momento, os investidores acreditam que a probabilidade de nova subida das taxas no próximo mês está nos 65%.
"A Fed está a comunicar o seu mantra de subida de juros. A próxima vez que deverão fazê-lo será em junho.”
Entretanto, no plano empresarial, continua a temporada de resultados. A Apple desiludiu e as ações desvalorizaram 0,3% para 147,06 dólares, sendo uma das principais quedas do dia.
Ainda assim, de acordo com as estimativas da Thomson Reuters, os lucros das empresas do S&P 500 deverão ter subido 14,2%, o maior crescimento desde 2011.
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